O futuro do atacante brasileiro Endrick no Real Madrid está cada vez mais distante do Santiago Bernabéu, pelo menos no curto prazo. De joia contratada junto ao Palmeiras, o jovem de 19 anos se transformou em uma peça subutilizada pelo novo técnico, Xabi Alonso, um cenário que forçou o clube e o estafe do jogador a considerarem uma transferência por empréstimo na janela de janeiro. As negociações avançaram, e o Lyon, da França, desponta como o destino mais provável para o centroavante, visando resgatar a minutagem em campo para que consiga ser convocado para a seleção brasileira.
A situação se agravou na atual temporada 2025/26. Apesar de Endrick ter herdado a camisa 9, que era de Mbappé, ele teve pouquíssimo tempo em campo sob o comando de Xabi Alonso. Endrick perdeu tempo inicialmente devido a uma lesão no tendão, mas, mesmo recuperado, tem sido ignorado pelo treinador espanhol, que assumiu o comando da equipe em maio, substituindo Carlo Ancelotti. O brasileiro disputou apenas 11 minutos em toda a temporada, na goleada por 4 a 0 contra o Valencia, e em seguida voltou a ser um suplente subutilizado, como ocorreu no empate contra o Getafe e contra o Rayo Vallecano. A intensa competição por vagas no ataque, que conta com nomes de peso como Mbappé, Vinicius Junior, Rodrygo e Gonzalo García, torna improvável que a situação de Endrick mude em breve. Enquanto ele esquenta o banco, Alonso tem utilizado outros jovens, como Arda Güler e Gonzalo García, com mais frequência.
Contrariando a tendência atual, na temporada passada, sob a tutela de Ancelotti, Endrick foi mais aproveitado, entrando em campo 37 vezes e marcando sete gols, sendo inclusive o maior artilheiro do Real Madrid na Copa do Rei com cinco tentos. Curiosamente, o atacante detém a maior média de gols por 90 minutos do Real Madrid (1,08), superando Vini Jr. (0,64) e Mbappé (0,7). No entanto, a falta de oportunidades atual gerou uma preocupação interna no clube de Madrid. Fontes do Real Madrid temem que a promissora carreira do brasileiro corra o risco de estagnar completamente se ele continuar no banco, o que pode custar-lhe uma vaga na seleção brasileira para a Copa do Mundo de 2026.
Diante desse panorama, o Lyon se apresenta como uma alternativa concreta e estratégica. O clube francês, que disputa a Ligue 1 e a Liga Europa, tem um histórico positivo com jogadores brasileiros e viu no atacante a solução para um problema evidente: a carência de um centroavante. O Lyon, que atualmente vive uma fase ruim, possui apenas o oitavo melhor ataque da Ligue 1, e seu artilheiro, Pavel Sulc, tem apenas três gols em nove jogos. Segundo a imprensa, o técnico português do Lyon, Paulo Fonseca, prometeu dar os minutos necessários a Endrick. Embora o jogador ex-Palmeiras tenha demonstrado estar “muito relutante” em deixar o Santiago Bernabéu, ele demonstrou abertura à negociação, buscando um clube onde possa “chegar e começar a jogar”.
O movimento de empréstimo, que está sendo negociado com o Real Madrid e o estafe de Endrick, seria de seis meses, começando em janeiro de 2026, com o objetivo claro de aumentar a minutagem e conquistar seu lugar na seleção nacional. O custo total para o Lyon pela meia temporada é estimado em aproximadamente 4,5 milhões de euros (cerca de R$ 28 milhões), cobrindo a amortização proporcional do investimento inicial do Real Madrid e parte do salário do atleta. É importante notar que o Real Madrid não deve incluir uma cláusula de compra, mantendo a intenção de observar o desenvolvimento de Endrick para um futuro retorno. Essa busca por tempo de jogo segue o conselho do atual técnico da seleção brasileira, Carlo Ancelotti, que dirigiu Endrick na temporada passada e ressaltou que, para um jovem talento, “é importante voltar a jogar e mostrar as suas qualidades” antes do Mundial de 2026. Se Endrick seguir o caminho para a França, ele o fará com um único objetivo: provar que merece um papel de destaque, primeiro em Lyon e, futuramente, no Brasil.