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COP30 abre espaço indígena na Zona Azul

Principais guardiões da biodiversidade e das florestas tropicais, os povos indígenas desempenham papel decisivo na preservação dos ecossistemas e no enfrentamento das mudanças climáticas. Para garantir a maior participação desta população no evento, foi montado dentro da Zona Azul, principal área de negociações da COP30, um espaço especial para abrigá-la. Batizado de Aldeia COP, o local foi desenhado para receber mais de três mil indígenas do Brasil e de outras partes do mundo. Ele será inaugurado oficialmente nesta terça-feira, 11.

A Aldeia COP fica dentro do pavilhão da Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará (UFPA) e terá uma programação especial, que inclui debates sobre políticas públicas, fundos de financiamento e atividades culturais, que valorizam a diversidade e a autonomia dos indígenas. O evento é articulado pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI) em parceria com a UFPA e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).  Ao trazer suas perspectivas, saberes tradicionais e práticas sustentáveis, os povos originários contribuem para a formulação de políticas ambientais mais inclusivas e eficazes. A criação da Aldeia COP , em Belém, simboliza esse reconhecimento. Também reforça a necessidade da inclusão dos povos originários no centro das decisões globais sobre o clima.

Participam das negociações 360 lideranças, indicadas pelo movimento indígena, .Os representantes de aldeias que desembarcam na COP30 foram preparados durante seis meses pelo governo, que promoveu uma série de encontros com o objetivo de informar as populações sobre o funcionamento e relevãncia da COP30. “Estamos confiantes, otimistas, articulando para que a gente tenha não só a maior delegação, mas também em qualidade de participação”, disse Sônia Guadajajara, ministra dos Povos Indígenas do Brasil.

Ao longo do evento, serão realizados painéis conduzidos pelo MPI sobre temas como a Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial Indígena (PNGATI), o Plano Clima 2024-2035 e o Ciclo COParente. Outros ministérios e autarquias, como o das Mulheres, do Turismo, a FUNAI e a Secretaria de Saúde Indígena (SESAI), também participarão das discussões. Além disso, organizações do movimento indígena, como a APIB, COIAB, ANMIGA, Univaja e a Comissão Guarani Yvyrupa, marcarão presença para tratar de pautas centrais à realidade indígena e fortalecer a atuação desses povos no enfrentamento da crise climática global.

 

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