Na memória de gerações pelo mundo, a Disneylândia original da Califórnia completa 70 anos neste verão estadunidense, e o aniversário foi a ocasião que o parque escolheu para revelar sua mais nova criação: um show biográfico da vida do fundador. E quem conta a história é ninguém menos que o próprio Walt – ou pelo menos uma versão animatrônica dele. Embora poucas informações tenham sido dadas sobre o show, anunciado pela empresa no ano passado, o projeto teve seus detratores desde o início. A mais vocal é Joanna Miller, neta de Disney, que está tentando impedir que o avô, que faleceu em 1966, ganhe uma versão robótica.
Filha de Diane Marie Disney-Miller, única filha biológica de Walt Disney, Joanna preserva o legado da mãe, que morreu em 2013, e fundou o Museu da Família Walt Disney, em São Francisco. Em entrevista ao jornal Los Angeles Times, a herdeira afirmou que a ideia se trata de uma “abominação” e que teve uma audiência com o atual CEO da Walt Disney Co., Bob Iger, e membros da Imagineering para discutir a questão. Ela afirmou que o maior erro da família foi ter vendido os direitos do nome, imagem e retrato de Walt Disney para a companhia em 1981.
“A ideia de um Vovô Robótico para dar ao público uma ideia de quem era o homem vivo simplesmente não faz sentido. Seria um impostor. Eles estão o desumanizando. Pessoas não são substituíveis. Você não pode dar vida a um vazio da alma ou essência do homem. Saber que ele não queria isso. Ouvir seus antecessores dizendo que isso era fora dos limites. Muito triste e decepcionada. Agradeceria o apoio para convencer a empresa a abandonar o Robô do Vovô. Por favor, se vocês sentem o mesmo, escrevam cartas”, declarou Miller.