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Como é a experiência de se hospedar em um navio de expedição de luxo

Berço de paisagens únicas, os Lençóis Maranhenses vão se revelando aos poucos, à medida que o veículo 4X4 avança entre subidas e trechos em declive. Em meio a imensas dunas de areia branca surgem lagoas de água doce, ora verdes ora azuis, próprias para banho. Toda essa formação ímpar é fruto de um fenômeno geológico gerado pelas areias trazidas dos rios, a ação do vento e a influência das chuvas, que preenchem as depressões entre as duas. O resultado é um dos cenários mais incríveis do planeta. Foi justamente este paraíso natural, no Maranhão, um dos pontos altos da recente passagem do SH Vega, um navio de expedição de luxo, pela costa brasileira.

Com o lema See what others don’t (Veja o que os outros não veem), o SH Vega, da companhia de origem britânica Swan Hellenic, foi o primeiro cruzeiro no país a oferecer aos seus passageiros a oportunidade de visitar os Lençóis Maranhenses. Normalmente, os navios de turismo que singram por águas brasileiras fazem trajetos que partem do Rio ou de Santos e vão, no máximo, até Salvador; ou seguem para a Argentina e o Uruguai. A experiência proporcionada no Maranhão por esta embarcação de alto padrão – são apenas 76 cabines e 152 passageiros – começou no porto de cargas de Itaqui, na capital São Luís, de onde os passageiros seguiram em veículos especiais até Santo Amaro, uma das bases de exploração para as dunas e lagoas naturais.

Conforto a toda prova: as cabines são amplas, contam com varanda privativa e toda a estrutura de um
Conforto a toda prova: as cabines são amplas, contam com varanda privativa e toda a estrutura de um “hotel” cinco estrelas flutuanteSofia Cerqueira/VEJA

A rota inaugurada pelo SH Vega, no qual a coluna embarcou (com apoio da GOL na parte aérea), passou a fazer parte dos roteiros oferecidos pela companhia. Uma nova visita aos Lençóis Maranhenses está confirmada para a temporada de 2026, nesta época do ano, quando o navio cruza o litoral brasileiro com destino à Antártica. Com a proposta de viagens transformadoras, visitas a lugares inusitados e experiências fora do comum, a Swan Hellenic, além do Polo Sul, oferece cruzeiros pelo Ártico, no Polo Norte; África; Ásia e América do Sul – com roteiros de 6 a 20 dias. “Os navios da companhia contam com autonomia para parar onde não há estrutura receptiva tradicional e têm o foco em experiências culturais, de preservação e educação ambiental”, destaca a bióloga Claudia Roedel, do time de expedição do navio que, no trajeto pelo Brasil, tinha doze pessoas.

Conforto a toda prova: as cabines são amplas, contam com varanda privativa e toda a estrutura de um
Um dos dois restaurantes do SH Vega: o almoço é em estilo bufê e o jantar, em grande estilo , à la carteSofia Cerqueira/VEJA
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Esqueça a imagem dos cruzeiros convencionais, com milhares de pessoas, festas temáticas e agitada vida noturna. O SH Vega – assim como os outros dois navios-boutique da Swan Hellenic, o Minerva e o Diana, com 76 e 96 cabines, respectivamente – oferece uma estrutura requintada, conforto a toda prova e um serviço personalizado, atento aos mínimos detalhes. A proporção de tripulantes para passageiros é em torno de um para um, o que só reforça a proposta de luxo. Os funcionários, como a coluna atestou, estão sempre com o sorriso no rosto e se esforçam para chamar todos pelo nome. “Não nos referimos a quem está a bordo como passageiro e sim como hóspede. Somos um hotel cinco estrelas flutuante”, endossa Maurício dos Santos, chefe de hotelaria na Swan Hellenic. O grande diferencial dos navios de expedição da companhia, no entanto, é a oportunidade de aprendizado. A programação diária inclui palestras com especialistas, vários deles acadêmicos e com vasta experiência em viagens. Podem ser explanações sobre a história local; detalhes da geografia daquele ponto, informações sobre os ecossistemas ou curiosidades daquela cultura, entre outros.

Lazer sem multidão: o navio, com apenas 76 cabines, tem uma piscina e uma hidro com acesso à sauna
Lazer sem multidão: o navio, com apenas 76 cabines, tem uma piscina e uma hidro com acesso à saunaDivulgação/VEJA

Os destinos visitados a cada parada, como é a marca da companhia, também fogem ao usual. Antes de chegar ao Maranhão, o SH Vega zarpou de Barbados, passou pela Guiana, Suriname e Guiana Francesa; e fez um roteiro pela Amazônia. Por ser uma embarcação de porte pequeno, apesar de ter nove andares – são 113 metros de comprimento e 23 de largura –, o navio tem estrutura para ir a lugares remotos. O SH Vega dispõe de vários Zodiacs – barcos resistentes até a águas congeladas – prontos para serem usados. Na Amazônia, os passageiros estiveram em um igarapé com uma comunidade de caboclos, uma localidade que vive da pesca do camarão e puderam observar a fauna ao entardecer, além de singrar pelo Estreito de Breves – um canal emoldurado pela densa floresta. De lá, o navio partiu para Belém, São Luís, Fortaleza, João Pessoa e terminou esse trecho do itinerário em Salvador.

Conhecimento: todos os dias os passageiros têm a chance de assistir palestras sobre história, cultura e ecossistemas
Conhecimento: todos os dias os passageiros têm a chance de assistir palestras sobre história, cultura e ecossistemasSofia Cerqueira/VEJA
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Como é praxe nos cruzeiros, o SH Vega oferece uma experiência all-inclusive, só que de alto padrão. Todas as refeições, lanches e petiscos disponíveis ao longo do dia são preparados por um chef-executivo. A companhia ainda tem uma parceria com a organização francesa de culinária JRE-Jeunes Restaurateurs, recebendo frequentemente chefs convidados. Além de dois restaurantes, o navio tem piscina, SPA, sauna com acesso a uma hidro externa, academia de ginástica, salão de beleza, biblioteca e um grande salão de estar. As acomodações do navio primam pela sofisticação. Suas cabines, várias com varanda privativa, são espaçosas – entre 28 e 41 metros quadrados –, contam com lareira artificial, máquina de café, seleção de chás e um sistema de TV com mais de 300 filmes. À disposição dos passageiros há ainda roupões, pantufas e um binóculo para observação nos pontos visitados. Toda a viagem é registrada por um fotógrafo e videomaker, que no último dia de viagem apresenta um documentário feito sobre aquela expedição.

Roteiro especial pela costa brasileira: antes de visitar a região dos Lençóis Maranhenses, o SH Vega fez um cruzeiro pela Amazônia
Roteiro especial pela costa brasileira: antes de visitar a região dos Lençóis Maranhenses, o SH Vega fez um cruzeiro pela AmazôniaDivulgação/VEJA

Antes de seguir para a temporada na Antártica, a embarcação passou por Salvador; fez uma parada no Arquipélago de Abrolhos, também na Bahia; chegou ao Rio e partiu em direção a Buenos Aires e Ushuaia, na Argentina. Em várias cidades pode-se embarcar no navio e experimentar essa jornada de luxo, contemplação, integração com a natureza e novas culturas e conhecimento. Uma experiência que vai muitas milhas náuticas além dos cruzeiros convencionais.

Dos polos Norte ao Sul: os navios da companhia, como o Minerva (foto), fazem expedições regulares para a Antártica e o Ártico
Dos polos Norte ao Sul: os navios da companhia, como o Minerva (foto), fazem expedições regulares para a Antártica e o ÁrticoDivulgação/VEJA
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Exclusividade e destinos incomuns pelo mundo:

A história da Swan Hellenic começa na década de 1950, quando uma agência de viagens britânica, a Swan’s Tours, organizou uma viagem inovadora para os membros da sociedade helênica. A excursão visitou sítios arqueológicos da Grécia Antiga junto de renomados estudiosos. O sucesso foi tamanho que outros cruzeiros foram desenvolvidos. Os atuais navios da companhia (SH Vega, SH Minerva e SH Diana) foram lançados entre 2021 e 2023 e projetados para acessar os pontos mais remotos em diversos destinos do planeta, como a Antártica, o Ártico, a América Latina, a região de Ásia Pacífico e a costa Oeste da África.

A temporada de Antártica vai de novembro a março anualmente, com viagens entre 9 e 17 noites, e tem diárias a partir de 900 dólares. Já os roteiros pelo Ártico ocorrem entre maio e setembro, com diárias a partir de 850 dólares e roteiros de 6 a 14 noites. Nos meses entre março e abril, os cruzeiros passam pela América Latina, e depois em outubro, com roteiros de 6 a 13 noites e diárias a partir de 620 dólares. Na região Ásia-Pacífico há temporadas entre abril e maio e depois em setembro. Ali as diárias começam em 860 dólares, com cruzeiros de 10 a 13 noites. As rotas pela costa Oeste da África ocorrem entre março e maio e depois entre setembro e outubro, com viagens de 7 a 13 noites e diárias a partir de 830 dólares.

GOL reforça malha aérea para Belém, onde coluna embarcou no SH Vega:

Para ampliar o acesso a Belém durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), a GOL aumentou sua malha aérea para a cidade durante esse período, passando de 6 para 24 frequências semanais. Entre pousos e decolagens, de 7 a 23 de novembro, estão planejados 600 voos domésticos e internacionais da GOL – um crescimento de quase quatro vezes em comparação com um mês de baixa temporada em Belém, e de 230%, comparando com a mesma época do ano passado.

Em junho deste ano, a companhia também inaugurou uma nova rota internacional que liga Belém, capital do Pará, a Miami, nos Estados Unidos. São dois voos semanais diretos entre as cidades, às quintas e aos domingos. Durante a COP30, a GOL ampliará para três as frequências semanais sem escalas entre os dois destinos, a fim de atender a demanda acentuada pelo grande encontro global.

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Com o olhar cultivado em redações por mais de 30 anos, convido você a viajar pelo mundo, por aqui. Nesse amplo e diversificado roteiro, cabem um destino encantador, uma suíte especial, uma experiência única, uma curiosidade do setor e tudo mais que possa instigar quem está de malas prontas ou sonha em pôr o pé na estrada. Siga também o perfil no Instagram @omundodesofia_cerqueira

 

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