Silvânia Aquino, vocalista veterana da banda de forró Calcinha Preta, anunciou sua saída do grupo em uma publicação nas redes sociais na noite desta segunda-feira, 10. Segundo ela, a decisão foi tomada em comum acordo com os demais integrantes do grupo, formação agora representada por Daniel Diau, Bell Oliver e O’hara Ravick. “Ao longo desses anos construí amizades, vivi momentos inesquecíveis e aprendi que a vida nos ensina de várias formas, a agir, a pensar, a sentir. Foram anos de história, amor, dedicação e música, que me proporcionaram experiências únicas e uma conexão profunda com o meu público”, escreveu Silvânia no comunicado oficial.
A narrativa de paz contradiz rumores recentes que dizem que ela e O’hara haviam se desentendido nos bastidores. A cantora de 52 anos, que entrou no grupo em 2000, ficou de fora de dois shows recentemente sem aviso prévio ao público. O grupo, porém, nega as fofocas.
Nascida em Aracaju, Silvânia começou a cantar profissionalmente na adolescência, mas alcançou de fato a fama ao entrar para o Calcinha Preta. Em 2016, ela e alguns ex-colegas do grupo criaram a banda Gigantes do Brasil, que não vingou. Em seguida, ela se apresentou por um ano ao lado da amiga Paulinha Abelha, na dupla Silvânia & Paulinha. Em 2018, as duas voltaram para o Calcinha Preta — longa parceria interrompida pela morte dolorosa de Paulinha em 2022, vítima de uma infecção no sistema nervoso. O’hara, então, entrou para o grupo substituindo a cantora no ano seguinte.
Em seu texto de despedida, Silvânia não explicou a razão de sua saída, mas também não sugeriu deixar mágoas para trás. “Cada capítulo foi escrito com muito carinho e verdade, levando minha voz e meu coração a cada um de vocês. A Silvânia Aquino de vocês é assim: verdadeira, emotiva e convicta de suas ações. Durante todos esses anos, a Banda Calcinha Preta foi a minha casa, o lugar onde cresci como artista”, disse. “No meu coração só tem amor e minha gratidão a cada fã, com cada pessoa, a cada amigo, a cada colaborador que somou ao meu lado. Vocês foram e sempre serão o maior motivo de tudo isso ter feito sentido. A história não para por aqui.”