A festa dos mercados financeiros com o possível fim do shutdown nos Estados Unidos faz uma pausa nesta terça-feira. Na noite de segunda, os senadores americanos aprovaram a proposta que reabre o Orçamento do país após uma paralisação que se estende por 41 dias, isso após oito membros do partido democrata decidirem conceder às demandas dos republicanos.
Agora, a proposta vai para a Câmara, que deve votá-la amanhã. Entre os principais motivos para a queda de braço estava o corte de subsídios para os planos de saúde dos americanos mais pobres. Se aprovado, colocará fim ao mais longo período de bloqueio do Orçamento dos EUA, que envolve ameaça de caos aéreo e ainda disputas judiciais sobre pagamentos de programas assistenciais para compra de alimentos.
A rebelião dos oito democratas turbinou um rali na véspera da votação. Agora, com a medida aprovada no Senado, os futuros americanos começam a terça-feira em baixa. Nos EUA, é feriado do dia dos veteranos de guerra, mas apenas o mercado de juros permanece fechado – as bolsas abrem normalmente.
E é justamente os juros que movem os mercados domésticos. Nesta manhã, o BC divulga a ata do Copom, e investidores vão buscar pistas sobre quando começará o ciclo de afrouxamento da Selic, que está em draconianos 15% ao ano. As apostas se dividem entre janeiro ou março, a depender do que estiver na ata. E, logo na sequência, às 9h, o IBGE publica a inflação de outubro, que ajuda nas projeções.
O EWZ se segura no zero a zero nesta manhã, apesar do dia negativo em Nova York. E pode impulsionar o Ibovespa para o 12º pregão de recorde. Bons negócios.