A série Tremembé tem sido grande sucesso na plataforma de streaming Prime Video desde que estreou em 31 de outubro e tem também reacendido o interesse do público pelas figuras retratadas: criminosos diversos responsáveis por escândalos nacionais, de Suzane Richthofen, “a menina que matou os pais”, até o estuprador em série Roger Abdelmassih, que abusou de 37 pacientes enquanto era médico. Uma das “personagens”, porém, tem sido alvo de maior burburinho: Elize Matsunaga, que matou e esquartejou o marido, Marcos Kitano, diretor executivo da Yoki, em 2012. Com isso, a série documental Elize Matsunaga: Era uma Vez um Crime voltou ao Top 10 de produções mais vistas na plataforma vizinha, a Netflix.
Até o momento, o título está na sexta posição, atrás de Os Donos do Jogo, Má Influencer, The Witcher, Os Caras Malvados no Pedaço e A Agente.
Lançada em 2021, a produção é dividida em quatro episódios e destrincha a vida de Matsunaga antes e depois do crime que a levou a ser condenada a 16 anos e três meses de prisão. A história aborda a relação turbulenta com Kitano, as acusações de traição levantadas por ambos e relatos sobre a investigação. Além disso, a produção conta com uma entrevista detalhada com a criminosa, acesso raro a um dos nomes mais infames do país. Matsunaga é a única criminosa da série a ter uma produção documental de tal destaque e formato feita sobre si.
O gênero do true crime, voltado para produções documentais ou dramatizadas sobre crimes verdadeiros, tem crescido exponencialmente desde que Making a Murderer (2015) explodiu na Netflix. Polêmico, o filão é ora elogiado por esclarecer crimes chocantes ou defender injustiçados, mas também muito criticado por aqueles que enxergam nele a glorificação de criminosos. O debate acalorado, porém, é parte do que o faz um sucesso. Em uma semana, Tremembé se tornou a produção mais vista no Brasil desde que o Prime Video existe no país.
Atualmente, Eliza Matsunaga está em liberdade condicional.
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