Há um ano em tramitação no gabinete do ministro Cristiano Zanin, o inquérito sobre venda de sentenças está no centro de uma rebelião silenciosa do STJ contra o STF.
Alguns ministros se dizem constrangidos em julgar no STJ casos de escritórios de advocacia de parentes de ministros do STF.
Num caso recente, o STJ mudou o rumo de um julgamento ao saber que uma das partes era defendida por advogados do escritório de Valeska, mulher de Zanin.
“O fato de Zanin investigar integrantes do tribunal e a banca da mulher dele advogar aqui dentro gerou desconforto nos pares”, diz um integrante do STJ.
Zanin tem conduzido o caso com discrição e de forma séria, mas as falhas na investigação, os vazamentos e a demora no desfecho do caso irritam o STJ.
Nesta semana, como mostrou o Radar, a PGR apontou várias falhas no relatório da PF, mas defendeu a continuidade da investigação apontando graves indícios de crimes ocorridos em casos no STJ.