O comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) de manutenção da taxa Selic em 15% indicou que o corte de juros não será imediato. A previsão de alguns analistas é que o arrefecimento da política monetária restritiva comece em março de 2026.
Para Rafael Sueishi, head de renda-fixa da Manchester Investimentos, o cenário exige estratégia para o investidor de renda fixa. ” Aparentemente, o ano que vem tende a ser um ano de corte de juros”, diz.
Na próxima terça-feira, o comitê vai divulgar a ata da reunião desta quarta-feira. O documento pode dar mais indicações sobre os próximos passos do Banco Central na condução da política monetária do país. Os dados sobre atividade econômica também são importantes para indicar se há sinais de enfraquecimento da economia. ” O que abriria espaço para o BC cortar juros”, diz.
O investidor deve ficar atento aos sinais de enfraquecimento da inflação, já que a principal função da alta dos juros é levar o IPCA, índice oficial que mede a inflação no país, para perto da meta de 3%, com teto até 4,5% ao ano.
A principal estratégia, diz, é diversificar o portfólio de investimentos, ir além do CDI. “Olhar para títulos atrelados a inflação que seguem entregando um nível de juro real bastante elevado. Talvez ter um posicionamento tático em pré-fixados que se beneficiem de um ciclo de corte de juros que já começa a ser discutido”, indica.