A COP30 começa na próxima segunda-feira (10), reunindo representantes de todo o mundo em Belém para negociar estratégias e compromissos no enfrentamento ao aquecimento global, o maior desafio ambiental da atualidade.
As atividades da conferência se dividem em duas áreas principais: a Zona Azul e a Zona Verde.
A Zona Azul (Blue Zone) é o núcleo oficial da COP30, onde acontecem as negociações entre chefes de Estado, ministros e diplomatas. É nesse espaço que ocorre a Cúpula de Líderes e onde ficam os pavilhões nacionais. O acesso é restrito a participantes credenciados. A imprensa pode acompanhar a movimentação interna, mas não tem entrada nas salas de negociação.
De acordo com comunicado oficial, a Zona Azul também abriga plenárias, eventos paralelos, encontros multilaterais, salas de reunião e escritórios das delegações. É ali que países, organizações e ONGs apresentam propostas, projetos e soluções para a agenda climática global.
Já a Zona Verde (Green Zone) é aberta ao público e reúne sociedade civil, instituições, empresas e lideranças globais. O foco é estimular o diálogo e a inovação em torno de ações e investimentos sustentáveis. A organização reforça que o espaço não deve ser visto como uma feira comercial, mas como um ambiente voltado à valorização de soluções climáticas, à conscientização e à formação de novas redes de colaboração.
As zonas alternativas de Belém
Além das áreas oficiais, a COP30 também inspirou a criação de espaços independentes de debate e mobilização. A chamada Zona Amarela (Yellow Zone) foi organizada pelo coletivo COP das Baixadas em bairros periféricos de Belém, como Jurunas e Vila da Barca. Entre os pontos de encontro estão o Centro Cultural Gueto Hub, o Espaço Eco Amazônia e a Biblioteca Comunitária Barca Literária. Nessas localidades, serão promovidas atividades culturais, cursos e rodas de conversa voltadas à conscientização socioambiental.
Outro destaque da programação paralela é o “Pedal Rumo à 3ª COP das Baixadas”, uma manifestação ciclística que percorre cerca de 20 km do Espaço Cultural Ruth Costa, em Águas Lindas, até a Vila da Barca, simbolizando o esforço coletivo por um futuro mais sustentável e acessível a todos.