O deputado Danilo Forte (União-CE), autor do projeto que equipara facções criminosas a organizações terroristas, reagiu às críticas de que a proposta abriria espaço para interferência internacional — especialmente dos Estados Unidos — em território brasileiro.
“Lógico que não. O Brasil não é uma republiqueta. É uma das dez maiores economias do mundo, um país soberano”, afirmou em entrevista ao Ponto de Vista, de VEJA.
Segundo o parlamentar, a legislação antiterrorismo brasileira já prevê que qualquer ação conjunta só pode ocorrer mediante acordos bilaterais ou multilaterais firmados pelo próprio país. Forte classificou o argumento como “falso” e acusou o governo de tentar criar medo para evitar o enfrentamento ao crime organizado.
“O que nós queremos é dar poder ao Estado para agir, proteger o cidadão e sufocar financeiramente as facções. O resto é cortina de fumaça”, disse.