Em seu parecer sobre a indicação de Lula para reconduzir Paulo Gonet a mais dois anos à frente da PGR, o senador Omar Aziz (PSD-MG) elogiou a “atuação técnica” do procurador-geral no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros condenados pela tentativa de golpe que culminou nos ataques de 8 de janeiro de 2023.
Aziz deve fazer a leitura de seu relatório na CCJ na próxima quarta-feira, 5, com a sabatina de Gonet ficando para uma semana depois, em 12 de novembro. Tanto na Comissão de Constituição e Justiça como no plenário do Senado, o procurador-geral precisará da maioria absoluta dos votos para sua indicação ser ratificada – ou seja, catorze no colegiado e 41 no quórum geral da Casa.
“A atuação apartidária e técnica do Senhor Paulo Gonet é, aliás, evidenciada pela própria pacificação interna do MPU. Desde sua posse como Procurador-Geral da República, com efeito, já não se verificam divergências ou dissensões radicais com relação à gestão que se iniciou e aos trabalhos até aqui realizados”, escreve o relator.
Ele também tece loas a “relevantes avanços” na reorganização da estrutura do Ministério Público Federal, “de modo a aprimorar a sua capacidade de atuar no combate às organizações criminosas”.
“As medidas adotadas incluem a ampliação da cooperação internacional, com o avanço nas tratativas para a adesão da Procuradoria-Geral da República à Eurojust e a criação de equipes conjuntas de investigação, especialmente com a Itália”, escreve Aziz.
O senador do Amazonas também afirma que “merece louvor o trabalho de continuidade a políticas de aperfeiçoamento institucional e de integração entre os ramos do Ministério Público da União”.
“Entre dezembro de 2023 e julho de 2025, concluiu mais de 80 mil processos perante o Supremo Tribunal Federal, reduzindo em quase 20 % o acervo remanescente, e firmou aproximadamente três dezenas de acordos de cooperação com órgãos como a Advocacia-Geral da União, a Receita Federal, a Polícia Federal, o CADE e a ANAC”, diz.
