Nesta semana, William Bonner viverá seus últimos momentos como âncora do Jornal Nacional, da TV Globo. Segundo anúncio publicado pelo G1, na próxima sexta-feira, 31 de outubro, Bonner se despede do cargo e recebe César Tralli, seu sucessor, no estúdio do JN para a passagem do bastão.
O anúncio da aposentadoria de Bonner do principal jornal da Globo foi feita em 1º de setembro, quando o informativo completou 56 anos no ar. Jornalista mais longevo na bancada do JN, Bonner quebrou o recorde de Cid Moreira, que havia comandando o telejornal por 26 anos. A partir do ano que vem, Bonner apresentará o Globo Repórter ao lado de Sandra Annemberg, que está sozinha no programa desde a morte de Glória Maria (1949-2023). A editora-chef-adjunta do Jornal Nacional, Cristiana Sousa Cruz, assumirá como editora-chefe do telejornal.
As mudanças não acabam por aí. Na quinta-feira, 30, o Hora 1 receberá Tiago Scheuer, jornalista que vai substituir Roberto Kovalick na apresentação. No mesmo dia, horas mais tarde, Tralli receberá Kovalick nos estúdios do Jornal Hoje. Na sexta-feira, ambos os telejornais já serão conduzidos pelos novos apresentadores.
Por que Bonner decidiu sair do JN?
Em um comunicado escrito pelo jornalista, ele explica a motivação de sua decisão, que já vinha sendo elaborada há cinco anos, quando começou a manifestar seu desejo de passar mais tempo com sua família, longe de tantas funções executivas que o cargo e a cobertura de jornalismo diário exigem. “Foram cinco anos, desde a minha primeira conversa com a direção do jornalismo sobre o desejo de reduzir a carga horária e as responsabilidades exigidas pela chefia e pela apresentação do JN. Precisamos superar a fase crítica da pandemia, arquitetar sucessões e preparar sucessores até a data do anúncio das novidades. E, finalmente, podemos todos conversar sobre essas conquistas e movimentos sem reservas. Alguns números ajudam a explicar meu desejo e minha necessidade de mudar de ritmo”, descreveu Bonner em comunicado divulgado pela Globo.
“São 29 anos e quatro meses de JN. Exatos 26 anos como chefe da equipe de editores, comandando reuniões, avaliando pautas, planejando edições, apresentando as notícias a milhões. Nesse período, tornei-me pai, vi minhas crianças acharem que se tornaram adultos. Mudaram de endereço, até de país. Ser recebido pelo Globo Repórter me deixa honrado e gratíssimo. Todos os meus amigos me ouviram falar do sonho de integrar essa equipe quando pudesse deixar o JN. De todos os programas do jornalismo já existentes quando cheguei à Globo, é o único em que nunca atuei, nem interinamente, em 39 anos. Lembro quando a Sandra Annenberg chegou lá. Amiga de décadas, cúmplice do meu sonho, que era dela também, Sandra me mandou mensagem carinhosa: ‘Cheguei antes, amigo. Te espero aqui!’ Ano que vem, estaremos juntos por lá. O Tralli receberá o carinho e o apoio merecidíssimo que o time do JN sabe compartilhar. E terei prazer de continuar colhendo até lá”, concluiu.
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