Dois jovens desenvolvedores de São Paulo criaram um protótipo de plataforma digital que usa inteligência artificial para apoiar famílias em situação de despejo ou moradia em áreas de risco. A ferramenta, que acompanha o cidadão desde a identificação do caso até o envio de requerimentos e demais peças judiciais, venceu a primeira edição do Devs de Impacto, maratona que reuniu 60 programadores no fim de semana em São Paulo.
Os autores do projeto são Lorena Garcia, 18 anos, estudante de Administração com ênfase em tecnologia, e David Alvarenga, 20, aluno de Sistemas de Informação – ambos do Instituto de Tecnologia e Liderança (Inteli). A dupla ganhou R$ 20 mil pelo primeiro lugar, além do prêmio individual de US$ 1,5 mil em créditos de API da OpenAI.
A ideia integrou IA e blockchain para orientar famílias vulneráveis em processos jurídicos, reunindo provas, validando documentos e gerando automaticamente petições. Com foco em acessibilidade, tem leitura em voz alta, voz para texto e alto contraste. “A moradia é o pilar de todos os direitos. Sem uma casa segura, a pessoa não consegue descansar, não consegue viver com calma e também não consegue acessar outros programas do governo”, explica Lorena.
Tatiana Oliveira, CEO da AI Brasil, reforçou para os participantes o potencial da tecnologia de gerar impacto social. “Os desenvolvedores carregam o poder de transformar ideias em impacto real para a sociedade. Exercer esse poder com foco no bem comum é um dever de cidadania”, disse.
O evento foi promovido pela ApplyBrasil e iMasters, com apoio da OpenAI, e desafiou os participantes a criar soluções de IA voltadas a ampliar o acesso da população a direitos sociais. As próximas edições do Devs de Impacto ocorrerão em Curitiba (1º e 2 de novembro) e João Pessoa (8 e 9 de novembro).
