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Bom Retiro adota modelo coreano para reduzir crimes e unir a comunidade

A comunidade coreana do Bom Retiro deu início a um projeto inédito de segurança e convivência inspirado em experiências de sucesso da Coreia do Sul. O “modelo K de segurança”, apresentado pelo Consulado-Geral da República da Coreia em São Paulo, chefiado pelo cônsul-geral Chae Jin-won, propõe uma abordagem comunitária para reduzir a criminalidade e melhorar o ambiente urbano do bairro. O Bom Retiro vem sofrendo com acúmulo de lixo, desordem urbana e uma sensação de insegurança generalizada. É que há registrada, hoje, uma média diária de 1,5 assaltos e 11 furtos por dia. Em 2024, foram registrados 354 roubos e 1544 furtos na região.

O modelo K de segurança combina princípios da “teoria das janelas quebradas” (movimento que começou nos EUA em 1982, que afirma que sinais de abandono urbano, como pichações e imóveis degradados, tendem a favorecer o aumento da criminalidade e a sensação de insegurança em um bairro) com o espírito participativo do Movimento Saemaul (movimento que promovia a organização comunitária e o trabalho conjunto em prol do desenvolvimento local, nos anos de 1970, na Coreia do Sul). Entre as primeiras ações implementadas pelo programa em São Paulo estão iniciativas que unem moradores, comerciantes e instituições locais e a campanha “Nossa loja, nossa limpeza”, estimulando lojistas e residentes a manterem limpas as áreas em frente aos seus estabelecimentos.

Outra iniciativa é o “Dia de Limpeza do Bom Retiro”, realizado todas as sextas-feiras, às 10h30, quando equipes do Consulado da Coreia, da Prefeitura de São Paulo, de entidades coreanas, além de voluntários e estudantes, se reúnem em mutirões para limpar ruas e praças do bairro. Há também a gestão ambiental durante eventos culturais.

A campanha, firmada entre o cônsul Chae Jin-won e o vice-prefeito Ricardo de Mello Araújo, esse ano, contou com um acordo de cooperação com mais de 20 entidades locais. Entre elas o Conselho de Segurança (Conseg), a Associação de Lojistas (CDL), a Associação de Confecções (ABIV), a Associação Coreana, a KOWIN (Associação de Mulheres Coreanas) e a Fundação de Bolsas de Estudo.

“Esperamos que esta campanha fortaleça a segurança da comunidade coreana do Bom Retiro e se torne um exemplo para o Brasil, mostrando a eficácia do modelo K de segurança comunitária”, disse o cônsul.

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