O Ibovespa abriu em alta nesta segunda-feira (27), renovando recorde intradiário ao alcançar a faixa dos 147 000 pontos às 10h20, em meio à reação dos investidores à reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o líder norte-americano Donald Trump, na Malásia.
À imprensa, às margens da cúpula da Asean, Lula afirmou que Trump demonstrou disposição para avançar em um acordo comercial entre os dois países. Trump, por sua vez, classificou o encontro como positivo, embora tenha sinalizado cautela sobre um desfecho rápido. O otimismo no mercado também reflete sinais de arrefecimento nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China.
No pregão, os grandes bancos operaram em alta às 11h o Bradesco (BBDC4) subia 1,49%, seguido por Banco do Brasil (BBAS3), com 1,46%. Itaú (ITUB4) avançava 1,08% e Santander (SANB11), 1,06%. Às 10h20, apenas quatro ações do índice recuavam, Fleury (FLRY3), Vibra (VBBR3), Gerdau (GOUA4) e Prio (PRIO3). No varejo, Magazine Luiza (MGLU3) liderava os ganhos com alta de 4,83%, seguida por C&A (CEAB3) com 1,74% e Arezzo (AZZA3) com 1,64%.
As expectativas de um acordo comercial entre EUA e China também sustentam o apetite ao risco no início de uma semana marcada pelos balanços das gigantes de tecnologia e pela chamada “super quarta”, quando o Federal Reserve decide sobre juros e divulga projeções atualizadas. Investidores acompanham ainda tratativas para suspender tarifas e aliviar controles de exportação de terras raras antes da reunião entre Trump e Xi Jinping, prevista para quinta-feira.
O dólar abriu em queda, negociado a 5,37 reais, com melhora do sentimento externo. “Há um movimento de valorização do real diante do dólar, com a volta do apetite ao risco do investidor, enquanto o ouro recua”, explica Bruno Yamashita, analista de Alocação e Inteligência da Avenue. Em Nova York, Dow Jones futuro subia 0,48%, S&P 500 futuro avançava 0,82% e o Nasdaq futuro, 1,25%.
