Após a conquista do ATP 500 da Basileia, neste domingo, 26, o tenista brasileiro João Fonseca ultrapassou a marca dos 2,5 milhões de dólares (cerca de 13,6 milhões de reais) em prêmios acumulados na carreira.
Embora o montante seja impressionante para um atleta que iniciou o ano na 145ª posição do ranking e cuja ascensão profissional é recente, a trajetória de Fonseca é marcada pela tranquilidade financeira de sua origem. O tenista é filho de Roberta e Christiano Fonseca Filho, que é o fundador da IP Capital Partners, uma das gestoras independentes de fundos mais antigas do Brasil, estabelecida no Rio de Janeiro ainda na década de 1980.
Essa base financeira robusta permitiu que Fonseca, mesmo antes de se profissionalizar, tomasse decisões que priorizavam o desenvolvimento de sua carreira, como a escolha de abrir mão da premiação de 57.540 dólares (mais de 285 mil reais) conquistada nas quartas de final do Rio Open, em fevereiro de 2024. Na época, com 17 anos, ele mantinha a dúvida sobre seguir no circuito profissional ou ingressar no tênis universitário dos Estados Unidos, onde as regras de amadorismo limitam severamente o recebimento de prêmios em dinheiro.
Com o foco total no profissional, o desempenho de Fonseca atraiu rapidamente marcas de peso global. Sua camisa já ostenta patrocínios de empresas poderosas como a XP Investimentos, que assinou um contrato de cinco anos em junho de 2024, e a marca de artigos esportivos On, na qual o ídolo de João, Roger Federer, é um dos acionistas e que apoia o brasileiro desde 2022. Ele também é patrocinado pela Rolex e pela Yonex.
Maior prêmio até agora
Do ponto de vista das quadras, a maior “bolada” conquistada por Fonseca ocorreu em dezembro de 2024, quando ele faturou 526 mil dólares (2,8 milhões de reais) ao vencer o ATP Next Gen Finals, na Arábia Saudita. No entanto, sua vitória mais recente e de maior prestígio técnico, o ATP 500 da Basileia, rendeu a segunda maior premiação: 471.825 euros (aproximadamente 2,9 milhões de reais).
É importante notar que esses valores referem-se aos prêmios brutos (prize money), dos quais são deduzidos impostos (em média, cerca de 25% na fonte) e altos custos de viagens e com a equipe técnica, despesas comuns no circuito internacional. Mesmo com esses descontos, o rápido acúmulo financeiro consolida Fonseca como um dos tenistas brasileiros mais bem-sucedidos em termos de premiação, já figurando no top 10 histórico do país.