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Os nove ministros de Lula que desafiam os planos do Centrão para 2026

Reportagem da edição de VEJA desta semana mostra como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem aproveitado a recuperação da sua popularidade para lançar mão da tática de “dividir para conquistar”. A estratégia tem como objetivo principal impedir a unificação de siglas do chamado Centrão e outros partidos próximos, minando, assim, candidaturas competitivas ao Planalto.

Um de seus trunfos nessa estratégia é o alto número de pré-candidatos dessas siglas que comandam pastas na Esplanada. Atualmente, quase um quarto dos ministérios — nove de 38 pastas — é chefiado por filiados a siglas do Centrão, como União Brasil, PP e Republicanos, ou que atuam próximas a sua órbita, como PSD e MDB. Todas essas legendas flertam, em algum grau, com a possibilidade de não embarcarem no projeto governista no próximo ano — seja para apoiar o nome a ser ungido por Jair Bolsonaro ou para apostar em candidaturas próprias.

Desses ministros, todos têm aspirações eleitorais, com pretensões que vão de disputas por vagas na Câmara e Senado a governos estaduais. Fazer campanha em apoio ou oposição ao atual governo, portanto, acaba sendo uma variável a ser levada em consideração na equação.

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Os ministros do Turismo, Celso Sabino (União), e do Esporte, André Fufuca (PP), são dois auxiliares de Lula que entraram na mira de suas respectivas legendas, que ordenaram a saída do governo porque pretendem apoiar uma candidatura de oposição ao petista em 2026. Ambos não só disseram que não sairão do lugar em que se encontram, como já estão em campanha divulgando de forma entusiasmada o apoio de Lula, considerado vital em seus estados (Pará e Maranhão, respectivamente), por onde pretendem disputar o Senado.

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Outro nome do Centrão é o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), candidato ao Senado por Pernambuco no bloco do prefeito de Recife, João Campos (PSB). A aliança se mantém mesmo com sua legenda, o Republicanos, ser a mesma do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, nome favorito da oposição para concorrer ao Planalto.

Já o MDB e o PSD, partidos historicamente divididos, têm três ministros cada na Esplanada. Ambas as agremiações podem ser contempladss com postos de destaque nas articulações de Lula, como a ministra Simone Tebet (MDB). Ela pode receber apoio para concorrer ao Senado por São Paulo ou pelo Mato Grosso do Sul, enquanto os ministros Carlos Fávaro (Agricultura), do PSD, e Renan Filho (Transportes), do MDB, vão tentar o governo de seus estados — Mato Grosso e Alagoas — contando também com a força do presidente em suas respectivas campanhas.

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