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Europa e Ucrânia preparam plano para fim da guerra contra Rússia, diz agência

A Europa e a Ucrânia trabalham em uma proposta de 12 pontos para encerrar a guerra nas atuais linhas de batalha, informou a agência de notícias Bloomberg nesta terça-feira, 21, com base em fontes familiarizadas com o assunto. O plano rejeita a demanda do presidente da Rússia, Vladimir Putin, de que Kiev ceda parte de seu território para um acordo de cessar-fogo. A movimentação ocorre poucos dias após uma reunião entre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o seu homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump.

A proposta prevê a criação de um conselho de paz liderado por Trump, assim como no caso de Gaza. O grupo, segundo as fontes ouvidas pela Bloomberg, seria responsável por supervisionar a implementação do plano. Caso os dois lados concordem com o acordo, as tropas seriam proibidas de avançar em território inimigo, ao passo que as crianças ucranianas levadas ao longo do conflito seriam devolvidas ao país natal. Além disso, haveria uma troca de prisioneiros.

Ao mesmo tempo, a Ucrânia receberia garantias de segurança, fundos para reparar os danos da guerra e um caminho rápido para aderir à União Europeia (UE), uma ideia rejeitada pelo governo Putin. As sanções contra a Rússia, por sua vez, seriam gradualmente suspensas. As reservas de US$ 300 bilhões (cerca de R$ 1,6 trilhão) em ativos russos só seriam descongeladas se o Kremlin concordar em contribuir para a reconstrução da Ucrânia. Em caso de novo ataque, penalidades seriam retomadas contra Moscou.

Em paralelo, Ucrânia e Rússia engatariam em negociações sobre a governança dos territórios ocupados, embora a Europa e Kiev recusem a ideia de que as zonas dominadas passem para controle russo, afirmaram as fontes. Os detalhes dos planos, contudo, ainda não estão finalizados e podem ser alterados conforme as deliberações. Segundo a Bloomberg, qualquer plano demandaria a aprovação de Trump e, na tentativa de convencê-lo, autoridades europeias podem visitar os EUA ainda esta semana.

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Fator Trump

Após o encontro com Zelensky e um telefonema com Putin, o líder americano disse que os dois lados da guerra deveriam “parar onde estão”, acrescentando na Truth Social, rede social da qual é dono: “Sangue suficiente já foi derramado, com os limites das propriedades sendo definidos pela guerra e pela coragem”. No Air Force One, Trump voltou a defender a ideia de que eles “parar agora mesmo nas linhas de batalha, ir para casa, parar de matar pessoas e acabar logo com isso” e que questões territoriais poderiam ser definidas mais tarde.

O republicano disse que concordou em encontrar com Putin em Budapeste, na Hungria, nas próximas semanas. Do lado dos aliados da Ucrânia, a Coalizão dos Dispostos se reunirão nesta sexta-feira, 24. Um dia antes, uma cúpula de líderes da UE em Bruxelas discutirá sanções adicionais contra a Rússia, além de uma possível ajuda financeira à Ucrânia através dos ativos congelados do banco central russo.

No início do mês, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Ryabkov, afirmou que os esforços do presidente dos EUA para pôr fim à guerra na Ucrânia falharam. Em campanha, Trump prometeu encerrar o conflito, que caminha para o seu quarto ano, em “24 horas” caso retornasse à Casa Branca, mas as tratativas não avançaram nos oitos meses em que está no poder.

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“Infelizmente, é preciso reconhecer que o forte impulso de Anchorage para chegar a acordos foi, em grande parte, esgotado pelos esforços de oponentes e apoiadores da ‘guerra até o último ucraniano’ — principalmente entre os europeus”, disse Ryabkov ao Parlamento russo, a Duma, segundo a agência de notícias oficial TASS.

“Isso é resultado de ações destrutivas, principalmente dos europeus, sobre as quais falamos aberta e diretamente”, acrescentou ele.

A declaração se referiu à reunião entre Trump e Putin no Alasca em agosto. Na ocasião, ao lado do líder russo, Trump disse que conversas foram “produtivas”, mas que não havia “um acordo fechado”, embora existisse “uma boa chance de chegar lá”. Mas, de lá para cá, as deliberações não progrediram. A Rússia continua a avançar no território vizinho, ao passo que o chefe da Casa Branca sugeriu que a Ucrânia conseguirá retomar, por completo, as áreas invadidas e ocupadas pelas tropas inimigas, o que Moscou discorda.

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