O cantor americano Kenny Loggins não gostou nada de ver a sua canção embalar o vídeo escatológico em que Donald Trump bombardeia manifestantes com o que parece ser jatos de fezes, e exigiu que o presidente americano retire a música da peça produzida com inteligência artificial. “Esse é um uso não autorizado de Danger Zone. Ninguém me pediu permissão — a qual eu teria negado— e exijo que minha gravação seja removida imediatamente desse vídeo”, atestou o músico em comunicado à revista Variety.
Na nota, o cantor reforçou que não consegue imaginar por que alguém gostaria que sua música fosse usada ou associada “a algo criado com o único propósito” de dividir a população. “Já há pessoas demais tentando nos separar, e precisamos encontrar novas maneiras de nos unir. Somos todos americanos e todos patriotas. Não existe ‘nós contra eles’ —isso não é quem somos, nem o que deveríamos ser”, continuou Loggins, dizendo ainda que deseja que a música possa ser usada “como uma forma de celebrar e unir” as pessoas, e não o contrário.
O vídeo abjeto de Trump é uma reação aos protestos que reuniram milhares de pessoas nos Estados Unidos no último sábado, 18, sob o slogan ‘No Kings’ (Sem reis, em tradução livre). Embalado por Danger Zone — que fez sucesso como trilha de Top Gun — o republicano ironiza o movimento ao aparecer no clipe publicado na rede social Truth Social usando uma coroa enquanto pilota uma aeronave militar estampada com os dizeres ‘Rei Trump’ na lateral.
Essa, aliás, não é a primeira vez que Trump arruma briga com cantores pelo uso indevido de músicas em propaganda política. Céline Dion, por exemplo, acionou sua equipe para esclarecer que o uso do sucesso My Heart Will Go On em um comício durante a campanha presidencial do republicano era ilegal e rechaçado por ela. Além dela e de Loggins, cantores como Adele, The Rolling Stones, Aerosmith e o espólio de Isaac Hayes também se opuseram ao uso de suas canções pelo presidente americano.
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