De volta ao horário nobre da TV Globo, após o fracasso de audiência de O Sétimo Guardião (2018), Aguinaldo Silva, 82 anos, busca exaltar as mulheres do dia a dia na nova produção que estreia nesta segunda-feira, 20. Em Três Graças, ele divide a autoria com outros dois Silvas: Virgílio Silva e Zé Dassilva. A trama coloca no centro da narrativa uma família de três gerações: Lígia Maria das Graças (Dira Paes), a filha Gerluce Maria das Graças (Sophie Charlotte) e a neta Joélly Maria das Graças (Alana Cabral), unidas pela experiência de serem mães solo na juventude.
“A gente acaba conhecendo pouco dessas mulheres urbanas, que andam de ônibus, de metrô, que saem de casa muito cedo para trabalhar. As minhas novelas sempre são sobre mulheres, sempre tive protagonistas mulheres e sempre tive vilãs mulheres. Como escritor é um universo que transito bem. Elas merecem que a gente conte a história delas”, explicou o autor à coluna GENTE.
Questionado sobre a relação entre TV e redes sociais na atualidade, ele relembrou uma das vilãs mais icônicas da teledramaturgia, Nazaré Tedesco (Renata Sorrah), criada por ele em Senhora do Destino (2004). “Quando criei a Nazaré, não imaginava que ela seria um ícone da internet e virasse meme. A gente não pensa nisso, mas, ao mesmo tempo, a própria linguagem atual da novela e da internet nos leva a isso. Tenho certeza que as falas da Arminda, da Grazi Massafera no caso, vão acabar como memes. Não é intencional, mas é um pouco, porque a gente vai se apossando dessa linguagem nova”.