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Israel retoma cessar-fogo após acusar Hamas de violar acordo e matar 26 em Gaza

O exército de Israel declarou que vai retomar o cessar-fogo e a ajuda humanitária em Gaza após acusar o Hamas de ter quebrado o acordo de trégua mediado pelos Estados Unidos e promover ataques aéreos que mataram ao menos 26 pessoas neste domingo, 19, de acordo com informações da agência Reuters. Na segunda-feira, 20, o enviado do presidente dos EUA, Donald Trump, Steve Witkoff, e seu genro Jared Kushner devem viajar para Israel, disseram uma autoridade israelense e outra autoridade americana.

O exército israelense disse ter atingido alvos do Hamas, incluindo comandantes de campo, atiradores, um túnel e depósitos de armas, em resposta aos militantes que lançaram um míssil antitanque e dispararam contra suas tropas, matando os soldados. Pelo menos um ataque atingiu uma antiga escola que abrigava pessoas deslocadas na área de Nuseirat, disseram moradores. O braço armado do Hamas disse que continua comprometido com o acordo de cessar-fogo, não tem conhecimento dos confrontos em Rafah e não mantém contato com grupos locais desde março.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que ordenou “medidas enérgicas” contra alvos terroristas após bases militares israelenses serem atacadas em Rafah. “Após uma violação do cessar-fogo por parte do Hamas, o primeiro-ministro Netanyahu manteve consultas com o ministro da Defesa e funcionários de alto escalão de Segurança e ordenou uma ação com força contra alvos terroristas na Faixa de Gaza”, divulgou o gabinete do primeiro-ministro.

O Hamas nega qualquer ataque e diz que está cumprindo a trégua, em vigor desde o último dia 10 num acordo intermediado pelos Estados Unidos. “Reafirmamos nosso total compromisso em implementar tudo o que foi acordado, principalmente o cessar-fogo em todas as áreas da Faixa de Gaza”, afirmou a Brigada Ezzedine Al-Qassam, braço armado do grupo, em comunicado, completando: “Não temos conhecimento de quaisquer incidentes ou confrontos ocorridos na área de Rafah, uma vez que estas são zonas vermelhas sob o controle da ocupação, e o contato com os nossos grupos restantes lá foi cortado desde que a guerra recomeçou em março deste ano.”

Já as Forças Armadas de Israel afirmam que bases próximas à rota de ajuda humanitária em Rafah foram alvos de disparos de mísseis antitanque pelo Hamas. Militares israelenses teriam reagido, disparando contra túneis onde estariam homens do grupo. O Hamas divulgou ter recuperado neste domingo o corpo de mais um refém israelense, mas que sua entrega só será possível “se as condições em campo permitirem”. Após o cessar-fogo, 20 reféns mantidos vivos em Gaza foram libertados. Dos 28 mortos, 12 corpos foram entregues.

Os bombardeios deste domingo em Rafah e outras áreas do território palestino são uma ameaça ao cessar-fogo. Além de Rafah, no sul, a cidade de Jabalya, no norte da Faixa de Gaza, também teria sido atacada pela Força Aérea de Israel. Os relatos são de três mortes na região. Enquanto os israelenses dizem que o Hamas quebrou o acordo várias vezes ao promover ações violentas para além da “linha amarela” estabelecida no tratado, o grupo palestino afirma que Israel liderou “diversas violações”. Essas incluiriam 38 pessoas mortas por tiros de militares desde o dia 10.

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