Integrante do rol dos que semearam bilhões no Vale do Silício, Peter Thiel, 58 anos, anda proferindo palestras a pequenos círculos em que dissemina sua visão apocalíptica do futuro. Conservador desde os tempos em que a meca da tecnologia na Califórnia era majoritariamente progressista, na era pré-Donald Trump, ele se apresenta como “cristão ortodoxo de pequeno porte” e afirma que “o anticristo será um tirano ou um antimessias maligno”. E não para por aí, apontando nomes da atualidade que bem poderiam servir ao papel, entre eles a ativista Greta Thunberg e, quem sabe, até Bill Gates. “Mas mesmo Gates sendo uma pessoa horrível, acho que não é o caso, não”, cutuca, muito sério, o fundador do PayPal.
Com reportagem de Giovanna Fraguito e Nara Boechat
Publicado em VEJA de 17 de outubro de 2025, edição nº 2966