Ex-candidato à Presidência da República e antigo aliado do presidente Lula, Ciro Gomes se filiou ao PSDB, partido do qual era correligionário quando atingiu o ápice de sua carreira política, o governo do Ceará nos anos de 1990. A filiação foi confirmada pelo presidente tucano no Ceará, Ozires Pontes, em vídeo publicado na noite de sexta-feira, 17.
Pesquisa Genial/Quaest divulgada no início do mês mostra que Ciro, derrotado nas últimas duas eleições presidenciais como candidato do PDT, é o único presidenciável que perderia para Lula por menos de dez pontos em um eventual segundo turno em 2026. O confronto direto entre eles na corrida pelo Palácio do Planalto terminaria com vitória do presidente por 41% a 32%, diz a Quaest.
No vídeo em que confirma Ciro de volta ao ninho tucano, Pontes afirmou que o ex-senador Tasso Jereissati teve papel central no processo de convencimento do político, que deve disputar não a Presidência, mas o governo do Estado em 2026. “Em poucos dias ou em poucos meses, o próprio Ciro estará anunciando a candidatura dele ao governo do Ceará”, declarou Pontes.
Continua após a publicidade
Ciro deixa o PDT após quase uma década
O ex-governador formalizou sua saída do PDT ao entregar uma carta de desfiliação ao presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, informação divulgada pela Folha de S.Paulo. A decisão ocorre após o PDT declarar apoio ao governo do petista Elmano de Freitas, movimento com o qual Ciro não concordava. Entre os que também deixaram o partido está Roberto Cláudio, ex-prefeito de Fortaleza e aliado histórico de Ciro, que se filiou ao União Brasil neste ano. Aliados próximos afirmam que a permanência de Ciro no PDT já era insustentável, principalmente diante de suas críticas à aproximação da legenda com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem o ex-ministro faz oposição declarada.
Continua após a publicidade
Continua após a publicidade
Histórico de Ciro no PDT
Ciro Gomes se filiou ao PDT em 2015 e foi candidato à Presidência da República nas eleições de 2018 e 2022. Em 2018, obteve o melhor desempenho da legenda desde Leonel Brizola, em 1989, e ajudou o partido a eleger 28 deputados federais, consolidando a maior bancada do PDT no período pós-Brizola.
Continua após a publicidade