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Governo de SP paralisa obras da Vila Olímpica com 82% de execução

 

Com cerca de 82% de execução física e R$ 37 milhões investidos, as obras da Vila Olímpica Mário Covas, localizada na Zona Sul da capital paulista, estão paradas desde fevereiro. Com entrega prevista para 2024, o projeto original licitado sofreu atrasos após alterações para acomodar demandas do governo para o complexo. Apesar de reconhecer e autorizar três aditivos para ajustar o projeto, a Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo (SESP) rescindiu o contrato em fase final.

A decisão da SESP ocorreu em meio a um ambiente de forte cobrança interna por resultados e entregas, pressionando a secretária da Pasta, Helena dos Santos Reis, para a adoção de medidas administrativas antes da conclusão das análises jurídicas e técnicas.

A empresa Recoma, responsável pela obra, apresentou recurso administrativo e ação judicial questionando a decisão. Depois de aproximadamente oito meses da saída da empresa, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) emitiu parecer, mantendo o posicionamento da Secretaria, mas encaminhando a decisão final a Casa Civil e ao governador Tarcísio de Freitas.

De acordo com a empresa, as intervenções nas obras surgiram logo no início, quando nas sondagens do terreno, que fica sobre antigo lixão, foram verificados 20 metros de entulho no solo, em vez dos 8 metros indicados no edital. Outro atraso apontado decorreu das ligações de água e energia, que dependeram das tratativas entre as concessionárias, Sabesp e Enel, e a administração pública. Só a ligação de água chegou a demorar 8 meses.

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Durante a execução, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), responsável pelo projeto e acompanhamento da obra, autorizou um quarto aditivo para instalações equipamentos de sonorização, climatização, redes de dados e monitoramento. Além de gerar mais custo, as novas demandas ampliaram o prazo de entrega. Contrariando a gestão e a nota técnica da CDHU, a SESP encerrou o contrato.

Em junho, o governo lançou uma nova licitação para o projeto, estimada em R$ 23 milhões. O processo, no entanto, foi suspenso cautelarmente pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que apontou risco de duplicidade de pagamentos e desperdício de recursos públicos.

O governo estadual ainda não apresentou novo cronograma para retomada das obras, que seguem paralisadas há aproximadamente oito meses.

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