A Copa do Mundo de 2026, que será sediada por Estados Unidos, Canadá e México, já demonstra ser um sucesso de bilheteria. A Fifa anunciou que a procura por ingressos superou todas as expectativas iniciais, confirmando a venda de mais de 1 milhão de entradas em seu primeiro balanço oficial.
Esta será a maior edição da história do torneio, com 48 seleções e 104 jogos, programada para ocorrer entre 11 de junho e 19 de julho. A demanda mais expressiva, como esperado, veio dos três países anfitriões. No entanto, o alcance é global, com torcedores de 212 países e territórios já tendo garantido seus lugares, mesmo com apenas 28 das 48 vagas preenchidas. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, classificou a reação como “incrível”.
Paralelamente à venda inicial, que ofereceu assentos avulsos a partir de 60 dólares na fase de grupos, a Fifa inaugurou sua plataforma oficial de revenda de ingressos. Pela primeira vez em um mundial masculino, a entidade adotou o sistema de precificação dinâmica, que permite que os custos flutuem de acordo com a demanda. Essa estratégia já está impulsionando o mercado secundário a patamares inéditos.
Valores absurdos
Exemplos chocantes de valores já foram registrados na plataforma de revenda. Ingressos para a final, que será em Nova Jersey, foram listados entre 9.538 e 57.500 dólares por assento. Uma única entrada para a partida de abertura dos Estados Unidos, em Inglewood, Califórnia, chegou a ser anunciada por 61.642 dólares.
Ao mesmo tempo que busca maximizar a receita, com a cobrança de uma taxa de 15% tanto do comprador quanto do vendedor na revenda oficial, esta política de preços levanta preocupações de que o torneio possa se tornar inacessível para o torcedor comum.