A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira uma operação para desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudar licitações, desviar recursos públicos e lavar dinheiro em contratos de obras e serviços ligados à antiga Secretaria de Saneamento de Belém, atual Sezel.
Segundo a PF, a operação decorre de decisão da Justiça Federal e consiste no cumprimento de 13 mandados de busca e apreensão, 12 afastamentos cautelares de servidores, três suspensões de contratações e medidas de sequestro de bens, tanto em Belém quanto no Rio.
As investigações apontam que, entre 2020 e 2024, empresas vinculadas ao grupo criminoso firmaram contratos que somam cerca de 153 milhões de reais, incluindo obras prioritárias para Belém.
A PF apontou, ainda, indícios de saques em espécie logo após os pagamentos públicos, caracterizando possível lavagem de dinheiro. Em uma dessas ocasiões, em novembro de 2024, a PF teria apreendido 601.000 reais em espécie.
Também estão sendo investigados os contratos do Projeto Mata Fome, contemplado pelo PAC Seleções do governo federal, no valor de 132 milhões de reais, cuja licitação foi suspensa por decisão do Tribunal de Contas do Pará em janeiro deste ano.