Focados em destravar a análise do PL da Anistia ou de qualquer derivado da proposição, parlamentares do PL fizeram uma ofensiva nos últimos dias e acabaram por abrir caminhos para um respiro para a ministra Marina Silva no Congresso Nacional.
Tudo começou quando o relator do PL da Dosimetria, Paulinho da Força, procurou o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, alegando que queria se livrar logo do tema e pedindo ajuda para tratar do assunto com o presidente da Câmara, Hugo Motta.
O bolsonarista, então, procurou o paraibano e ouviu dele que a iniciativa só avançaria caso houvesse a concordância do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
Nos bastidores, há o temor de que o amapaense sentasse em cima do tema assim que chegasse ao Senado. Se isso ocorresse, o desgaste pela votação da proposta ficaria mais uma vez toda no colo da Câmara, assim como ocorreu com a polêmica PEC da Blindagem.
O senador Rogério Marinho foi escalado para negociar com o chefe do Senado.
Diante da sinalização de que a Casa tinha resistências ao texto oferecido por Paulinho, o bolsonarista indicou que a oposição obstruiria a sessão do Congresso.
A iniciativa, porém, representaria um “presente” para Marina, já que havia a expectativa de que vetos de Lula ao projeto do licenciamento ambiental seriam derrubados a menos de um mês da COP 30.
Até ontem à noite, a previsão da sessão estava mantida, mas parlamentares da base e da oposição apostavam alto que Alcolumbre cancelaria as votações.
