O presidente Lula se elegeu criticando os sigilos de 100 anos de Jair Bolsonaro e a falta de transparência do ex-mandatário.
Ao subir rampa do Planalto, no entanto, o petista fez praticamente a mesma coisa, blindando informações de seu governo com os mesmos sigilos que criticava.
Agora, o petista repete Bolsonaro na lógica de tentar manter encontros secretos com ministros do STF.
Foi o que se viu nesta terça-feira, quando Lula, fora da agenda oficial, recebeu Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin para um convescote sobre a escolha do próximo ministro do Supremo, que substituirá o ministro Luís Roberto Barroso.
Contra a vontade de Lula, a conversa vazou, expondo articulações do petista no momento em que Rodrigo Pacheco e Jorge Messias disputam a indicação juntamente com outros nomes como Bruno Dantas, do TCU, e Wellington César Lima e Silva, da Petrobras.
O petista reclamou dos vazamentos, segundo auxiliares do governo. Se pudesse, deixaria suas articulações distantes da luz do dia.
Lula tem muito a perder, se fizer um movimento errado na escolha do próximo ministro do Supremo. Ele já deu sinais, no entanto, de que não se deixará guiar por pressões. A conferir as cenas dos próximos capítulos.
