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Serviços renovam recorde em agosto e marcam 7 meses em alta

O setor de serviços registrou leve alta de 0,1% em agosto, frente a julho, marcando o sétimo avanço consecutivo e um ganho acumulado de 2,6% no período. Com o resultado, o volume de serviços ficou 18,7% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e atingiu novo recorde da série histórica, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada nesta terça-feira, 14, pelo IBGE.

Em relação a agosto do ano passado, o setor, que é o maior do PIB brasileiro, avançou 2,5%, completando 17 taxas positivas seguidas. No acumulado de 2025, o crescimento é de 2,6%, e em 12 meses, de 3,1%, uma ligeira aceleração frente ao ritmo observado até julho (3%).

Quatro dos cinco segmentos sobem

O desempenho de agosto foi puxado por quatro das cinco atividades pesquisadas. O destaque veio de serviços profissionais, administrativos e complementares, que subiram 0,4%, quarto resultado positivo seguido, acumulando alta de 2% no período. O avanço foi impulsionado por empresas de programas de fidelidade, serviços jurídicos e aluguel de máquinas e equipamentos.

O grupo de transportes cresceu 0,2%, sustentado por transporte coletivo de passageiros, ferroviário de cargas e logística, enquanto serviços prestados às famílias avançaram 1,0%, com o impulso de restaurantes, buffets e hotéis. Outros serviços subiram 0,6%, puxados pelo segmento financeiro auxiliar.

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A exceção ficou com informação e comunicação, que recuou 0,5%, anulando o ganho de julho. O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, explica que a queda reflete uma base elevada de comparação e a redução em serviços de TI e distribuição cinematográfica, setor que costuma crescer durante as férias. “Apesar da retração pontual, os serviços de tecnologia da informação continuam sendo um dos principais motores do crescimento acumulado no ano, com ganhos expressivos de produtividade no pós-pandemia”, disse Lobo.

Ele também destacou o papel dos transportes, beneficiados pelo bom desempenho da agropecuária, que impulsiona o escoamento de cargas e o transporte de passageiros.

Turismo reage após três quedas

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O índice de atividades turísticas subiu 0,8% em agosto, revertendo três meses seguidos de queda, quando havia acumulado retração de 2,1%. O segmento está 11,5% acima do nível pré-pandemia, mas ainda 2% abaixo do pico histórico, registrado em dezembro de 2024.

Segundo Lobo, a alta reflete uma base de comparação mais baixa, após o impacto dos aumentos nas passagens aéreas em junho e julho. Entre os estados, Rio de Janeiro (2,5%), Amazonas (6,9%) e Bahia (1,7%) lideraram as altas, enquanto São Paulo (-1,1%), Paraná (-1,5%) e Minas Gerais (-0,8%) recuaram.

Transporte de passageiros e cargas em expansão

O transporte de passageiros avançou 0,3% no mês, após queda de 2,2% em julho, e está 9,9% acima do nível pré-pandemia. Já o transporte de cargas cresceu 0,6%, no quarto aumento consecutivo, e acumula alta de 2,4% no período, ficando 38,7% acima do nível de 2020. “O bom momento da agricultura continua refletindo no transporte rodoviário e ferroviário de cargas, enquanto o dutoviário é beneficiado pela alta na produção de petróleo e gás”, disse Lobo.

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