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Devolução de reféns mortos em Gaza pode levar semanas, alerta Cruz Vermelha

Como parte do acordo de cessar-fogo com Israel, o Hamas deveria devolver os corpos de 28 reféns israelenses mortos em Gaza até o início da manhã da última segunda-feira. Mas apenas quatro foram entregues até o momento, e algumas das famílias expressaram indignação com a espera. Nesta terça-feira, 14, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) afirmou que pode “levar semanas” até que os restos mortais sejam localizados, chamando a operação de um “enorme desafio”.

“É um desafio ainda maior do que libertar as pessoas vivas. É um desafio enorme”, afirmou o porta-voz do CICV, Christian Cardon. Segundo ele, podem ser dias até que novos corpos sejam devolvidos dadas as dificuldades de encontrar restos mortais em meio aos escombros de Gaza, com a possibilidade de alguns nunca serem localizados.

Reféns identificados

Na manhã de segunda-feira 13, os vinte reféns vivos restantes, capturados em 7 de outubro de 2023, foram libertados pelo Hamas. Apenas quatro corpos foram entregues. Em uma atualização publicada no X nesta terça, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) informaram que o processo de identificação dos restos mortais foi concluído.

Dois dos reféns foram identificados como Guy Illouz e Bipin Joshi, enquanto as famílias dos dois outros não deram o aval, por ora, para a divulgação dos nomes de seus parentes.

“De acordo com as informações de que dispomos, Guy Illouz foi ferido e sequestrado vivo após fugir do festival Nova (no deserto de Negev) para a área de Tel Gama pela organização terrorista Hamas. Guy morreu em decorrência dos ferimentos após não receber tratamento médico adequado em cativeiro pelo Hamas, aos 26 anos de idade no momento de sua morte”, escreveram as IDF.

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Ainda segundo o Exército israelense, Bipin Joshi, um cidadão nepalês, foi sequestrado aos 23 anos enquanto se escondia em um bunker no kibutz Alumim. “Estima-se que ele tenha sido assassinado em cativeiro nos primeiros meses da guerra”, disseram os militares.

“Violação do cessar-fogo”

O Fórum das Famílias dos Reféns e Desaparecidos afirmou que realizará uma reunião de emergência nesta noite, após o Hamas não ter dado sinal de que entregará os corpos dos 24 reféns mortos restantes.

“Um acordo deve ser mantido por ambas as partes; seu descumprimento e a falha do Hamas em devolver os reféns devem ser punidos com a interrupção da implementação contínua do acordo pelo governo israelense e pelos mediadores”, disse o fórum.

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O grupo ativista criticou o governo com veemência, afirmando que a “tentativa de apagar sua responsabilidade imediata pelo retorno dos 24 reféns (mortos), após o retorno de 20 reféns (vivos) ontem, será um brado para o povo israelense por gerações” e que isso configura uma “traição da moral judaica e uma violação do acordo assinado”.

“Infelizmente, estamos testemunhando uma tentativa de remover os reféns da agenda pública. Por favor, a luta ainda não acabou. Vinte e quatro dos nossos irmãos e irmãs ainda estão detidos pelo Hamas; não permitam que sejam sacrificados”, completou o fórum.

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse que qualquer atraso por parte do Hamas na entrega dos restos mortais dos reféns restantes seria visto como uma violação do acordo de cessar-fogo. O grupo terrorista palestino já havia alertado anteriormente que teria dificuldades para localizar alguns dos corpos.

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