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‘Não tenho dúvida de que nos prejudicou’, diz Ciro Nogueira sobre atuação de Eduardo Bolsonaro

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) reconheceu que a ofensiva internacional de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos, que resultou no chamado “tarifaço” contra produtos brasileiros, causou prejuízos políticos à direita e favoreceu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em entrevista ao programa Ponto de Vista, apresentado por Marcela Rahal, o ex-ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro afirmou que a iniciativa do deputado “deu uma narrativa falsa” ao governo, mas ponderou que compreende a motivação pessoal do filho do ex-presidente.

“Não tenho dúvida de que isso nos prejudicou. Deu uma narrativa falsa para o presidente Lula, e ele soube aproveitar, teve uma recuperação de popularidade. Apesar de não concordar com o Eduardo, não o critico. Eu não sei o que faria se meu pai estivesse sendo injustiçado como o dele está”, declarou Ciro.

Segundo o senador, a atuação de Eduardo Bolsonaro no exterior “ajudou Lula momentaneamente”, mas o efeito deve ser passageiro.

“Daqui a pouco, a população vai estar preocupada com a violência sem controle, com a inflação dos alimentos e com as promessas não cumpridas do governo”, afirmou.

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Ciro disse ainda que gostaria que o deputado voltasse ao Brasil “para exercer o mandato” e o defendeu como um nome viável para concorrer ao Senado por São Paulo em 2026.

“Gostaria muito que ele fosse nosso candidato ao Senado. Seria importante, mas quem tem de fazer essa avaliação é ele. Há um risco grande de algo acontecer contra ele aqui”, disse o senador.

A sucessão de 2026

Questionado sobre a formação de uma chapa presidencial, Ciro reafirmou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é o nome mais preparado para representar o campo bolsonarista.

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“Primeiro, temos que escolher o candidato à Presidência — e o melhor nome é o Tarcísio. Depois, definiremos o vice”, afirmou.

O senador evitou descartar a presença de alguém da família Bolsonaro na composição da chapa, mas defendeu que a escolha seja técnica.

“Tudo pode ser considerado, mas tem de ser feito com base em pesquisa e diálogo com as lideranças. Cada eleição é uma eleição. O importante é ter sabedoria para escolher o melhor candidato a presidente e a vice”, concluiu.

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