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O alerta por trás da libertação dos reféns israelenses pelo Hamas

O dia foi histórico — mas pede cautela. Assim definiu a jornalista Anita Efraim, gerente de comunicação do Instituto Brasil-Israel e mestre em Comunicação Política pela Universidade do Chile, o início do cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que começou com a libertação dos reféns sequestrados nos ataques de 7 de outubro.

Em entrevista ao programa Ponto de Vista, apresentado por Marcela Rahal, Anita destacou o contraste entre a comoção das famílias e a complexidade do cenário político e militar. “A volta dos reféns vivos é um primeiro passo, mas há muitos pontos em aberto. Entre os que permanecem sob o poder do Hamas, estão corpos de reféns mortos — o grupo deve entregar apenas quatro agora, de um total de vinte e oito”, afirmou.

Ainda longe da paz duradoura

A analista ressaltou que o acordo ainda está longe de representar uma paz duradoura. “É preciso ter os pés no chão. O Hamas prometeu deixar o poder na Faixa de Gaza, mas ainda não há qualquer sinal de desarmamento. E o futuro político do grupo, bem como o do Estado palestino, continua indefinido”, disse.

Durante o programa, Rahal exibiu o vídeo de um dos reféns conversando por chamada de vídeo com familiares, sob vigilância de um membro do Hamas — uma cena que Anita descreveu como “ao mesmo tempo comovente e angustiante”.

Para ela, o gesto humanitário da libertação não encerra o conflito. “Hoje é um passo importante, mas é só o primeiro. A reconstrução de Gaza, a segurança de Israel e o papel do Hamas ainda estão em aberto”, concluiu.

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