O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, informou nesta segunda-feira, 13, que o número de mortos na guerra com Israel chegou a 67.869.
“O número total de mortos pela agressão israelense desde 7 de outubro de 2023 subiu para 67.869 mártires”, informou o ministério, que ainda trabalha para recuperar os corpos dos que faleceram durante o conflito.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou a guerra em Gaza encerrada após o cessar-fogo que ele mediou entrar em vigor na última sexta-feira, às 06h00 de Brasília. A trégua foi resultado de três dias de negociações indiretas entre Israel e Hamas no Egito, que começaram depois dele apresentar um plano em 20 pontos para a paz no Oriente Médio com apoio de diversos países da região.
Libertação dos reféns
Também nesta segunda, o Hamas entregou os vinte reféns israelenses vivos que foram sequestrados durante o atentado de 7 de outubro de 2023. Ao todo, eles ficaram 738 dias sob o comando do grupo terrorista na Faixa de Gaza. Os sobreviventes foram devolvidos à Cruz Vermelha, que intermediou a entrega ao exército de Israel, em dois grupos.
Depois disso, os reféns passaram por avaliação médica, foram levados a hospitais e se encontraram com suas famílias, em cenas emocionantes. Uma multidão de mais de 65 mil pessoas comemorou o retorno dos israelenses para casa nas ruas de Tel Aviv.
Espera-se que os corpos de quatro dos 28 reféns que morreram em Gaza, ou foram levados para o enclave já sem vida, também sejam liberados nesta segunda. Em troca, mais de 1.700 palestinos que foram presos desde 7 de outubro de 2023 e outros 250 que cumprem pena perpétua também devem ser soltos. Os primeiros ônibus com o logotipo da Cruz Vermelha já chegaram à cidade de Ramallah, na Cisjordânia, carregando os prisioneiros. Alguns dos que estavam condenados à prisão perpétua foram levados a Rafah, para cruzar a fronteira com o Egito, de onde passarão a viver em exílio.
Mais tarde nesta segunda, uma cúpula no Egito vai reunir mais de vinte líderes mundiais, entre eles Trump, Emmanuel Macron, da França, Keir Starmer, do Reino Unido, e Recep Tayyip Erdogan, da Turquia, para discutir as próximas etapas que garantirão uma paz duradoura em Gaza após o cessar-fogo. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que havia inicialmente confirmado sua presença no evento, cancelou a viagem.