Diante da demanda considerada elevada, os ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços estudam flexibilizar os critérios de acesso à linha de crédito aberta pela BNDES como parte do “Plano Brasil Soberano”, que o governo Lula lançou para mitigar o impacto do tarifaço do governo Trump sobre empresas brasileiras.
Desde que o crédito ficou disponível, exportadoras protocolaram projetos pedindo um total de 6,7 bilhões de reais em financiamento, dos quais 4 bilhões de reais já foram aprovados pelo banco de desenvolvimento. A aprovação, aliás, saiu em tempo recorde de 18 dias para empresas que já eram clientes e tinham a habilitação atualizada.
O “Brasil Soberano” prevê a oferta de até 40 bilhões de reais em crédito, sendo 30 bilhões de reais com verba do Fundo de Garantia à Exportação (FGE) e 10 bilhões de reais oriundos de recursos próprios do BNDES.
Hoje, têm direito a acessar as linhas de crédito empresas cujas exportações para os Estados Unidos estejam submetidas a tarifas de 50% ou mais ou cujo faturamento bruto com as vendas para o país de Trump tenha caído de 5% para cima no período de julho de 2024 a junho de 2025.
Agora, com a demanda crescente de empresas que tenham sido submetidas a tarifas inferiores a 50% e de fornecedores de cadeias exportadoras – além do volume de recursos ainda disponível nas linhas do “Brasil Soberano” – , as pastas de Fernando Haddad e Geraldo Alckmin estudam baixar o sarrafo para o acesso ao programa, mesmo reconhecendo que o processo seria “complexo”.