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Irritados com Alcolumbre, bolsonaristas rejeitam apoiar sua reeleição ao comando do Senado

O senador Davi Alcolumbre (União-AP) contou com o apoio de Jair Bolsonaro e de seus aliados nas duas vezes em que se elegeu para comandar o Congresso, em 2021 e em 2025. Durante as tratativas, o então candidato fez acenos à pauta da oposição e prometeu conciliar os interesses da direita com os da esquerda quando estivesse pilotando os trabalhos.

A principal pauta dos bolsonaristas, porém, está travada justamente por causa da resistência do presidente do Senado. Alcolumbre se colocou contrário à aprovação da anistia aos condenados pelos ataques do 8 de janeiro, medida que, de tabela, derrubaria a condenação imposta a Bolsonaro e seus auxiliares no âmbito do inquérito da trama golpista.

Também foi pelas mãos do chefe do Senado que a PEC da Blindagem, aprovada com mais de 300 votos na Câmara, acabou enterrada. Articulada com o Centrão, a proposta seria a primeira etapa de um perdão mais amplo encabeçado pelo Congresso.

Alcolumbre admite apenas a redução das penas, mas não uma anistia ampla. Além disso, ele já avisou que não há a menor chance de dar andamento a processos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

A postura do senador tem irritado os principais caciques do PL. Lideranças da legenda reclamam que Alcolumbre não defende os deputados e senadores, dizem que ele “está se afundando cada vez mais” e, com mais de um ano antecedência, afirmam que não vão apoiá-lo novamente.

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“O Davi é mais o presidente do Supremo do que do Congresso. É uma pena, e ele não vai ser reeleito”, afirma um importante membro do partido de Bolsonaro. Eleito em fevereiro deste ano, Alcolumbre já traçou o plano de estender sua permanência no comando da Casa na disputa de 2027.

Na avaliação dos oposicionistas, o senador optou por caminhar ao lado do governo e priorizar seus interesses próprios. Apoiado também pelo PT,  Alcolumbre tem se mostrado um fiel aliado de Lula. Para 2027, no entanto, o PL desde já trabalha para eleger a maior bancada no Senado e tentar emplacar um parlamentar mais alinhado no comando da Casa. Como mostrou VEJA, a senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra de Bolsonaro, sonha em assumir a cadeira. Parlamentares de centro e da esquerda, no entanto, seguem firmes e fortes com o senador amapaense.

Procurado, o senador Davi Alcolumbre não se manifestou.

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