Victoria Beckham nunca foi só a Posh Spice das Spice Girls, grupo musical feminino mais famoso dos anos 1990. É justamente o que mostra “Victoria Beckham”, documentário da Netflix em três episódios, que mergulha na vida da ex-cantora e atual magnata da moda, revelando os bastidores de sua marca homônima e, ao mesmo tempo, ensinando lições que a tornaram referência global, muito além da passarela: de coragem, autenticidade e paixão, a esposa de David Beckham prova que estilo é muito mais do que o que se veste — é como se vive.
A seguir, sete desses ensinamentos:
O palco como laboratório de personalidade
Antes de conquistar o mundo da música e da moda, Victoria queria mesmo era atuar em musicais. Entre sapateados e coreografias de West End, ela descobriu o poder de se transformar no palco. “Eu era definitivamente solitária na escola. Fui intimidada. Mas quando você está no palco, por aquele momento, você é outra pessoa”, conta. Esse amor pelo drama e pelo detalhe se refletiria anos depois nas passarelas, onde cada corte e cada tecido transmitem sua assinatura pessoal.
A obsessão pela roupa certa
Na era Spice Girls, Victoria já mostrava seu faro para a moda. Enquanto as colegas pouco se importavam com o vestuário, ela direcionava seu orçamento para peças de grife. “Eu ia à Gucci. Nunca tinha possuído um look de designer antes — e então a moda se tornou tudo para mim”, lembra. Esse cuidado meticuloso com o que se veste seria a base de seu império fashion.
Coragem para ousar
No primeiro desfile da Versace que assistiu, Victoria não hesitou em mexer no modelo escolhido. Ajustou, encurtou, tirou mangas — basicamente redesenhou o vestido. Donatella Versace recorda: “Não deveria fazer isso. Mas percebi que ficava melhor nela. Ela conhece o próprio corpo.” O episódio ensina: confiança e autenticidade são fundamentais, tanto na vida quanto na moda.
O valor do estilo como identidade
Durante a fase de minissaias e Birkins gigantes, Victoria percebia que moda é também uma forma de se afirmar. “Havia um elemento de chamar atenção, se estava sendo honesta. Era uma época em que eu não me sentia realizada criativamente. Tentava me encontrar”, confessa. O estilo, portanto, não é apenas estética, mas expressão de quem se é.
Transformar críticas em combustível
Ao posar para a campanha de Marc Jacobs em 2007, Victoria se sentiu ridicularizada. Mas dez anos depois, revisitou a mesma ideia, agora como designer consolidada, reivindicando seu próprio olhar: “Quando ele me fotografou há 10 anos, riam de mim. Mas eu queria recuperar essa imagem para mim mesma.” Lição fashion: críticas podem virar oportunidade de reafirmar sua identidade.
Resiliência nos negócios
O crescimento de sua marca não foi linear. Perdas milionárias e dificuldades financeiras quase levaram Victoria à falência. A entrada do investidor David Belhassen salvou a empresa, mas o que garantiu o sucesso foi sua persistência: “Ela nunca desistiu, e finalmente está funcionando”, lembra ele. Na moda, assim como na vida, a perseverança e atitude são chaves.
Paixão é o que sustenta tudo
Entre ajustes de coleção e desfiles sob chuva torrencial, Victoria mostra que seu trabalho é movido por amor pelo que faz. Cada tecido escolhido, cada look finalizado reflete seu cuidado obsessivo com detalhes. É a paixão que transforma roupas em declarações de estilo e negócios em legados.
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