O Governo do Rio de Janeiro vai dar início nos próximos dias a uma análise técnica para a venda de naming rights do Maracanã. A responsabilidade ficará por conta da Casa Civil, que neste primeiro momento precisará averiguar o edital de concessão do estádio.
Durante o mês de setembro, o presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, revelou em reunião do Conselho Deliberativo do clube que três empresas estavam interessadas nos naming rights do Maracanã. De acordo com o mandatário, a procura por um parceiro chegou a durar oito meses, e assim que o contrato com uma dessas marcas pretendentes for fechado, imediamente poderá usufruir do novo nome de batismo.
O Maracanã é administrado pelo Consórcio Fla-Flu até 2046, mas as negociações em torno dos naming rights tiveram início apenas recentemente porque necessitava de uma autorização do Governo para conseguir fazer esse tipo de negociação. Este acordo ainda não foi formalizado, mas está apalavrado e deve ser concluído muito em breve.
De acordo com projeções de mercado, a venda dos naming rights deve variar entre R$ 200 e R$ 300 milhões por ano, sendo parecida ou superior aos valores pagos ao patrocínio máster das principais equipes do país – Flamengo e Fluminense ficariam com pelo menos 25% cada deste montante, mas na visão dos clubes, conseguiriam arrecadar mais financeiramente com a operação dos jogos.
Anderson Nunes, publicitário e especialista em Marketing Esportivo e Gestão do Esporte, atualmente Head de Negócios da Casa de Apostas, que adquiriu os naming rights da Casa de Apostas Arena Fonte Nova e Casa de Apostas Arena das Dunas, analisa: “O Maracanã é um ativo esportivo de reconhecimento global, e a tendência de naming rights no Brasil, embora já em expansão, ainda apresenta um potencial significativo de crescimento. Trata-se de um modelo que vai além da simples exposição de marca, oferecendo oportunidades consistentes de geração de novas receitas, desenvolvimento de negócios e fortalecimento de estratégias de marketing para empresas e clubes. O fator determinante, entretanto, está na forma como a empresa parceira estrutura a ativação do seu nome: associar-se a um estádio de relevância histórica e simbólica como o Maracanã possibilita criar experiências e conexões capazes de ampliar o alcance da marca para além do mercado nacional.”