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IBGE: 2,2 milhões de lares brasileiros saíram da insegurança alimentar

A quantidade de famílias brasileiras em condição de insegurança alimentar caiu de 21,2 milhões para 18,9 milhões ao longo de 2024. O dado foi publicado nesta sexta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e é fruto do levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Em termos estatísticos, 27,6% dos domicílios brasileiros estavam em algum grau de insegurança alimentar em 2023 e, em 2024, esse número caiu para 24,2% — o que equivale a 2,2 milhões de lares a menos.

A insegurança alimentar é diferente da fome e se caracteriza pela falta de qualidade de alimentos aos quais a família tem acesso e pela incerteza de conseguir fazer as refeições necessárias. A classificação do IBGE trabalha com três graus de insegurança (leve, moderada e grave). Os dados do PNAD divulgados nesta sexta mostraram que houve redução nos três índices: de 18,2% para 16,4% na leve; de 5,3% para 4,5% na moderada; e de 4,1% para 3,2% na grave.

O maior desafio continua sendo em áreas rurais, em que a insegurança alimentar atinge quase um terço (31,3%) dos lares de brasileiros. A pesquisa divulgada nesta sexta também faz recortes raciais e de gênero. A maioria dos lares que estão em algum dos níveis de insegurança alimentar são chefiados por mulheres (59,9%) e por pessoas pardas (54,7%).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou os dados divulgados pelo IBGE. “Estamos vencendo a maior de todas as injustiças: a fome. O IBGE divulgou hoje que voltamos ao menor índice de lares com insegurança alimentar grave no Brasil, empatando com aquele registrado em 2013. Nos últimos dois anos, conseguimos as mesmas vitórias que levamos dez anos para conquistar nos meus dois primeiros mandatos e no mandato da presidenta Dilma Rousseff”, disse o petista nas redes sociais.

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Em julho deste ano, o Brasil teve uma immportante conquista no enfrentamento à fome. Depois de quatro anos, o país deixou o Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas. Ele havia voltado para essa lista em 2021, durante a pandemia. Para deixar o Mapa, o país precisou reduzir tanto o percentual de pessoas em condição de insegurança alimentar quanto que estão efetivamente passando fome. O corte usado pela ONU é o país ter menos de 2,5% da sua população em subnutrição ou em risco de não conseguir acessar alimentação suficiente para sobreviver.

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