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Argentina x Porto Rico: amistoso é transferido de Chicago após envio da Guarda Nacional

Uma partida de futebol entre Argentina e Porto Rico foi transferida de Chicago para Flórida, informou a agência de notícias Associated Press nesta quarta-feira, 8. A mudança foi motivada pelo envio da Guarda Nacional à cidade em Illinois por ordem do presidente Donald Trump. Os militares, segundo a Casa Branca, protegerão os edifícios e agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) dos “terroristas”, como os manifestantes contra as políticas de imigração são chamados pelo governo.

O amistoso estava previsto para 13 de outubro no Soldier Field, em Chicago, mas será realocado para o Chase Stadium, em Fort Lauderdale, estádio do Inter de Miami, time de Lionel Messi. A informação foi confirmada à AP por um executivo da Associação Argentina de Futebol, sob condição de anonimato porque a troca ainda não havia sido formalmente anunciada.

Antes da partida, parte dos preparativos da Argentina para a Copa do Mundo de 2026, a seleção enfrentará a Venezuela nesta sexta-feira, 10, no Hard Rock Stadium, em Miami. O torneio internacional será co-sediado pelos Estados Unidos, México e Canadá, de 11 de junho a 19 de julho do próximo ano.

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Envio da Guarda Nacional

O envio de militares amplia a pressão federal sobre Chicago, que já vinha registrando aumento das operações do ICE, a polícia de imigração, e confrontos violentos em subúrbios como Broadview, onde agentes foram flagrados usando gás lacrimogêneo contra manifestantes. A mobilização foi autorizada depois que a juíza distrital April Perry se recusou bloquear temporariamente a entrada dos soldados, em resposta a uma ação judicial movida pelo estado de Illinois e pela prefeitura de Chicago.

Diante da decisão judicial, os militares foram posicionados já na segunda-feira, concentrados em áreas da região metropolitana. Esta é a terceira medida do tipo desde que Trump anunciou a intervenção em municípios de tradição democrata.

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O prefeito de Chicago, Brandon Johnson, reagiu assinando um decreto que proíbe agentes do ICE de utilizarem imóveis pertencentes à cidade para operações. “Não vamos permitir que eles percorram nossa cidade sem nenhum limite ou fiscalização. Ninguém está acima da lei”, declarou ele.

Em resposta, a Casa Branca acusou Johnson de “proteger criminosos, estupradores e traficantes ilegais”, de acordo com a revista americana Newsweek. Para Trump, as operações fazem parte da luta contra o crime e a imigração ilegal. Líderes democratas, por sua vez, denunciam abuso de poder e ressaltam que a taxa de criminalidade, em especial quando relacionada a delitos graves, vêm caindo em diversas partes do país — como Memphis e Washington, D.C., para onde o presidente também já enviou a Guarda Nacional.

 

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