Entre os veículos de luxo, poucos têm tanto prestígio quanto o Phantom. Lançado pela Rolls Royce em 1925, há exatos 100 anos, o modelo ganhou diferentes gerações, mas sempre manteve a aura de sofisticação e personalização. Aqui, no Brasil, é raríssimo ver um rodando nas ruas. Mas nos últimos dias o modelo voltou a atrair atenção.
No mês passado, a Polícia Federal (PF) apreendeu um Phantom na casa do advogado Nelson Williams durante investigações sobre fraudes no INSS. Avaliado em R$ 9,7 milhões de reais, é o modelo mais caro já apreendido pela PF.
Não se sabe exatamente como esse modelo particular, quase zero quilômetro, é por dentro. As fotos divulgadas pela polícia mostram apenas o carro de fora. Mas sabe-se que cada unidade é totalmente customizada de acordo com a vontade do endinheirado cliente.

“Um Rolls-Royce é mais do que um automóvel. É uma obra de arte, feita à mão, sob encomenda, exclusivamente para você, por nossa equipe de artesãos e designers altamente qualificados. Seja qual for a sua imaginação para o carro ideal, dê vida à sua visão única com a Rolls-Royce Bespoke”, diz o site da fabricante.
O teto, por exemplo, pode reproduzir um céu estrelado, usando uma tecnologia com fibra óptica para reproduzir a posição dos astros na data de nascimento do dono. Tudo pode ser personalizado, dos materiais usados no acabamento das portas e paineis.
Um dos modelos recentes, criado em parceria com a estilista holandesa Iris van Herpen, foi inspirado nas intrincadas técnicas de sobreposição da alta-costura, com um forro de teto de seda que levou quase 700 horas coletivas para ser concluído e tinha até sua própria fragrância única.

Cada modelo tem um pacote tecnológico completo e vem equipado com um motor V12 biturbo de 6,75 litros de 563 cavalos, suficientes para acelerar o sedã até 100 km/h em 5,3 segundos. Apesar da performance digna de esportivo, é mais conhecido pelo conforto que oferece a bordo, como a suspensão ativa que absorve os impactos das vias e torna a viagem tranquila.
Esse estilo de personalização é uma marca registrada do sedã desde o princípio. Em seus primeiros anos, o Phantom era fornecido como um chassi rolante, no qual o proprietário encomendava a carroceria a um fabricante especializado. Com o passar do tempo, a fabricante passou a entregar o veículo completo, finalizado.
A geração atual do modelo deve ser aposentada até 2030. Depois, é provável que os novos Phantom sejam eletrificados.