Um grupo de pessoas armadas invadiu um prédio comercial da movimentada avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, bairro da zona oeste da capital paulista, fez reféns em uma sala e assaltou o escritório de uma construtora em mais de R$ 1 milhão na manhã desta terça-feira, 7.
Mais de quinze viaturas da polícia foram até o local para lidar com a situação. As autoridades passaram boa parte da manhã fazendo uma operação no edifício, que tem 24 andares e várias salas comerciais em cada um deles, para verificar se os criminosos ainda estariam no local.
A recomendação dada aos trabalhadores que já estavam nos escritórios foi para se trancarem nas salas e ficarem escondidas embaixo das mesas. Em relatos de vídeo divulgados para a imprensa, pessoas disseram que ficaram mais de duas horas escondidas e abaixadas no local, aguardando a ação policial ser finalizada.
O prédio foi liberado pelos policiais no final da manhã, após eles perceberem que os criminosos já haviam conseguido fugir. Agora, os agentes estão acessando as imagens das câmeras de segurança dos corredores do prédio para tentar identificar os suspeitos e também de câmeras de outros estabelecimentos da rua, para saber como fugiram e para onde podem ter ido.
“”Estamos fazendo tudo ao mesmo tempo, varredura tática e apuração sobre como eles entraram no prédio. Algumas imagens de câmeras já foram vistas, mas ainda estamos acessando outras. É uma investigação complexa e que ainda está no começo. Possivelmente, [o crime ocorreu após] um plano muito bem arquitetado. Possivelmente, alguma violência ou fraude foi utilizada para eles entrarem no prédio. Nenhuma possibilidade foi descartada até o momento, nenhuma”, disse o policial militar Alexandre Monteiro.
Segundo informações preliminares, os bandidos teriam invadido o edifício no início da manhã, usando blusas pretas e fingindo serem agentes da Polícia Civil que haviam sido chamados para fazer uma batida no local.
Eles verificaram se a construtora que assaltaram possuía botões do pânico para acionar a polícia e, quando perceberam que o escritório não era equipado com itens desse tipo, prenderam todos os funcionários em uma sala interna. Eles ficaram apenas com uma funcionária do setor financeiro, que teve armas apontadas contra ela o tempo todo, sendo obrigada a fazer diversas transferências bancárias.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado para saber o atual status das investigações ou se alguém já foi identificado ou detido, mas não obteve retorno até o momento da publicação deste texto.