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Para Haddad, estratégia do Brasil em relação aos Estados Unidos “está dando certo”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou nesta terça-feira (7) do programa Bom Dia, Ministro, da EBC, e comentou sobre o tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil. Haddad afirmou estar otimista quanto aos resultados das negociações entre os dois países, independentemente de quem conduza o diálogo pelo governo americano. “Independentemente de quem seja designado, a diplomacia brasileira, com os argumentos que tem, vai saber superar esse momento. Os fatos são muito favoráveis à parceria em todos os aspectos, inclusive nas vantagens que os Estados Unidos têm em manter boas relações com o Brasil”, disse o ministro.

Ao ser questionado sobre a decisão do presidente Donald Trump de indicar Marco Rubio, atual secretário de Estado e figura conhecida por seu perfil mais ideológico, para dar continuidade às tratativas, Haddad destacou a confiança na condução da política externa brasileira. “Nós não vamos mudar a estratégia porque, na minha opinião, ela está dando certo. Temos o Itamaraty, que é reconhecidamente um órgão altamente profissional, e acredito que nossa diplomacia saberá conduzir o diálogo com equilíbrio e eficácia”, afirmou.

Na segunda-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com Trump por cerca de 30 minutos. A conversa contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, do assessor especial Celso Amorim e dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Sidônio Palmeira (Secom).

O diálogo ocorre em meio a uma crise comercial entre os dois países, após os americanos aplicarem uma sobretaxa de 50% sobre as importações de produtos brasileiros. A possibilidade de um encontro presencial entre Lula e Trump já havia sido sinalizada pelo líder americano durante a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, no mês passado.

Quando o tarifaço começou?

O aumento das tarifas foi deflagrado em abril de 2025, quando os Estados Unidos anunciaram uma taxa mínima de 10% sobre produtos importados de diversos países, incluindo o Brasil. Em julho, Trump enviou uma carta a Lula comunicando o aumento para 50%, que entrou em vigor em 6 de agosto, afetando diferentes categorias de exportações brasileiras. Agora, em outubro, o governo brasileiro tenta negociar a redução ou suspensão das tarifas, buscando restabelecer o equilíbrio comercial entre as duas nações.

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