VEJA Mercado | 06 de outubro de 2025.
Um dólar a 5 reais pode não ser mais uma realidade tão distante assim. Agentes de mercado mostram otimismo em relação à perfomance do real frente à moeda americana, sobretudo por causa do enfraquecimento do dólar no mundo inteiro. O economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, afirmou que o dólar estará mais perto dos 5 reais do que dos 5,50 reais nos próximos seis meses. Em evento da Abimaq, ele disse que a moeda americana já poderia custar menos de 5 reais no Brasil não fossem os problemas internos do país.
Nos Estados Unidos, nada de acordo para encerrar o shutdown da maior economia do mundo. Sem dados macroeconômicos, autoridades e analistas se veem no escuro e começam a temer por efeitos negativos na economia americana nos próximos meses. Diretores do Federal Reserve (Fed) já adotam um tom de cautela em relação aos dois cortes de juros prometidos até o final do ano.
Os presidentes Lula e Donald Trump frustraram as expectativas de todos e não se encontraram uma semana depois da Assembleia Geral da ONU. Tudo indica que a reunião marcada entre os dois chefes de Estado deve ficar mesmo apenas para o final de outubro, durante um evento na Malásia. Trump tenta chegar a um acordo com os democratas para encerrar o shutdown nos EUA e ainda prepara um pacote de até 10 bilhões de dólares a agricultores locais prejudicados pela guerra comercial travada por Trump contra a China.
No Brasil, o governo admite manter a isenção de IR a títulos de investimento como LCI e LCA enquanto a Serasa Experian identifica um número recorde de pedidos de recuperação judicial no agro. Foram 565 solicitações apenas no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 31% em relação ao mesmo período de 2024. Diego Gimenes entrevista Alexandre Espirito Santo, economista-chefe da Way Investimentos. Gustavo Junqueira, empresário e colunista de VEJA, também participa da edição. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube e nas redes sociais, a partir das 10h.
Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado: