A CPMI do INSS vai ouvir nesta segunda-feira, a partir das 16h, o depoimento do empresário Fernando Cavalcanti, ex-sócio do advogado Nelson Wilians e acusado, pela Polícia Federal (PF), de lavar dinheiro do esquema de descontos ilegais nas contas de pensionistas e aposentados por meio de carros, relógios e outros artigos de luxo.
Durante o interrogatório a Nelson Willians, vários parlamentares aludiram ao fato de que a PF havia encontrado, no estacionamento de um shopping em Brasília, uma Ferrari F8 Spider, um Mercedes-Benz S 63 e um Mercedes-Benz AMG GT 63 S, todos em nome da empresa FAC Negócios, de Cavalcanti.
Investigadores também apreenderam “grande soma” em dinheiro em espécie com o ex-sócio de Nelson Wilians, afirmaram deputados e senadores.
“Fernando Cavalcanti tem outra empresa chamada FC Participações Unipessoal, e essa outra empresa tem 20% de participação – olha só – no NW, Nelson Wilians Group, 20% de participação desse Sr. Fernando Cavalcanti, que, segundo a Polícia Federal, lavou dinheiro comprando carros de luxo e escondeu aqui atrás”, disse o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS).
Autora de um dos pedidos de convocação de Cavalcanti, a senadora Leila Barros (PDT-DF) argumentou que, embora a defesa de Cavalcanti neguem “qualquer relação com as fraudes, a magnitude dos indícios, o padrão de vida incompatível com atividades declaradas e a conexão com outros investigados impõem o dever” de a CPMI ouvi-lo.