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‘O jeitinho brasileiro me encanta’, diz empresário de mostra de decoração

Cercado desde cedo por alguns dos principais arquitetos e decoradores do país, Marcelo Felmanas parecia ter o futuro profissional desenhado. Hoje, aos 54 anos, é referência no mercado da alta decoração e, nesta semana, volta a assinar a curadoria da terceira edição da Casa 6F, em São Paulo. “Comecei a trabalhar muito cedo na galeria dos meus pais, onde convivia com alguns dos grandes nomes da arquitetura e da decoração. Com o tempo, fui me aproximando de muito deles, passava horas conversando, trocando ideias e até ajudava a pendurar quadros em mostras”, relembra à coluna GENTE o empresário e fundador da 6F Decorações.

Com passagens por galerias em Nova York, Milão e em Paris, Felmanas vê desafios em trabalhar com arte no Brasil, especialmente envolvendo direitos autorais. “Desenvolvemos produtos que exigem tempo, pesquisa e dedicação em seu processo de criação. O problema é que, muitas vezes, em vez de inspirar, acabamos sendo copiados diretamente, sem respeito nem preocupação com autoria”, critica. Ainda assim, ele diz se encantar com a originalidade brasileira: “Provavelmente, por sermos um país de imigrantes, carregamos referências globais. Mais o que me encanta é essa pitada de humor, o nosso ‘jeitinho’ na decoração, que remete às nossas raízes. Não nos encaixamos em um estereótipo: temos uma sofisticação rara, difícil de encontrar em outros lugares”.

Realizada entre terça, 7, e sexta-feira, 10, a Casa 6F se apresenta como mais que uma mostra de decoração: é um encontro de tendências que reúne marcas nacionais e internacionais. Para Felmanas, a curadoria segue um olhar próximo ao da moda. “Gosto de incluir peças que tragam leveza e bom humor. Não é meu perfil chocar, mas surpreender e encantar é fundamental. A Casa é um encontro 360 graus, onde negócios, conteúdo e relacionamento se conectam de forma única”, resume. Autenticidade, no entanto, é critério indispensável. “A exceção é quando é usada de forma consciente e bem-humorada; aí a liberdade criativa prevalece — e vale tudo”, conclui.

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