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Produtor de ‘Assalto à Brasileira’ explica boom do true crime no Brasil

O produtor Marcelo Braga, responsável pelos true crimes Maníaco do Parque e A Menina que Matou os Pais, volta a trabalhar com produções de crimes reais no filme Assalto à Brasileira, que já roda festivais pelo Brasil. Dirigido por José Eduardo Belmonte, com Murilo Benício no elenco, o longa, que estreia em breve nos cinemas, conta a história de um assalto à mão armada na maior agência bancária de Londrina, em 1987, com mais de 300 reféns. O que parece trágico, porém, ganha camadas de humor devido ao contexto da época, de inflação pós ditadura civil-militar, e a reação da população com os criminosos. 

“O fato é pitoresco por si só. Durante seis horas, um assalto com 300 reféns, onde uma cidade inteira enxerga esses assaltantes como Robin Hood. Aí a gente entendeu que poderia ter um tom de comédia. Tudo isso que a gente viu não só no livro como na pesquisa”, explica Marcelo, que apesar de lançar o filme com tom mais leve, já se debruça em uma nova produção sobre o caso da menina Eloá, assassinada em 2008. 

Ele explica que a mudança na legislação brasileira para obras biográficas colaborou para o boom do gênero no Brasil. “No true crime temos uma preocupação maior, não só na respeitabilidade do processo, porque a gente trabalha com a legislação brasileira. Não preciso fazer uma prévia autorização para fazer uma biografia a seu respeito, tenho essa liberdade, mas se você sentir que maculei sua imagem, vai se discutir num processo. Mas mais do que isso é permitir uma licença poética. Temos uma pesquisa de mais de 30 casos de crimes reais que estão numa lista de recall de interesse da audiência. Não é à toa que as plataformas estão pedindo esse tipo de filmes a torto e a direita. Fazer true crime é não só fazer filmes de casos biográficos, mas também trazer debates para a sociedade”. 

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