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Marina Ruy Barbosa: ‘Chique é ser autêntica’

Como foi a experiência de viver Suzane von Richthofen em Tremembé, série do Amazon Prime com estreia prevista para o dia 31 de outubro e na qual trabalha também como produtora? A complexidade de Tremembé pedia um olhar múltiplo. Mergulhei em um estudo intenso para interpretar Suzane, buscando entender seus mecanismos psicológicos, mas sempre atenta para não cair em estereótipos. Assumir o papel de produtora foi desafiador e me deu mais liberdade para opinar.

Chegou a ter contato com a Suzane? Não, nem me interessou para o processo criativo. Minha preparação se baseou em fatos jornalísticos e no roteiro. O grande desafio foi deixar minhas opiniões pessoais fora do set para construir a personagem de forma fiel.

Teve algum receio em aceitar interpretar alguém como Suzane, que cumpre hoje pena em regime aberto depois de ser condenada pela morte dos pais em 2002? Não. Sempre zelei pela consistência e pela entrega artística. Tenho longa trajetória já. A arte foi uma vocação natural desde criança, quando percebi que podia contar histórias como forma de me conectar com as pessoas.

Como criadora de uma marca, a Ginger, não é complexo para você administrar as agendas e as funções nesses dois mundos, o da atuação e o da moda? A moda sempre foi uma linguagem para mim. Não foi algo planejado, mas, sim, uma sucessão de oportunidades que surgiram, e eu as abracei. A Ginger é um trabalho de construção feito com estratégia e verdade, mas toda a minha jornada fashion foi consequência dessa minha inquietação criativa. As duas atividades, moda e interpretação, conversam, sim.

Afinal, a beleza sempre ajuda ou pode atrapalhar a carreira? A beleza abre portas, mas também pode criar rótulos. Senti cedo a necessidade de provar meu talento para além da aparência. Hoje, encaro isso como parte de quem eu sou.

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Como lida com as constantes comparações e supostas rivalidades no meio artístico? Fico focada no meu trabalho. Comparações e rivalidades não me interessam, e sou contra qualquer tentativa de instigar algum tipo de competição feminina. Acho que há espaço para todas.

Qual o segredo da elegância? Ser chique é ser autêntica. Elegância é postura. É sobre ser você mesma.

Publicado em VEJA de 3 de outubro de 2025, edição nº 2964

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