Durante uma apresentação no Festival de Comédia de Riad, na Arábia Saudita, o comediante Dave Chappelle fez uma piada ironizando a liberdade de expressão nos Estados Unidos: “Neste momento, nos Estados Unidos, dizem que se você falar sobre Charlie Kirk, será cancelado. Não sei se isso é verdade, mas vou descobrir. É mais fácil falar aqui do que na América”, brincou o ator e roteirista.
O posicionamento do artista rendeu uma série de críticas e ataques ao festival, inclusive por parte de outros comediantes americanos. David Cross — conhecido por papéis como o do vilão Ian Hawke em Alvin e os Esquilos — expressou grande repúdio pelo comentário de Chappelle em uma declaração pública: “Estou enojado e profundamente decepcionado com toda essa coisa nojenta”, escreveu o comediante.
“Nunca mais poderemos levar a sério nada do que esses comediantes reclamam (a menos que sejam reclamações de que não apoiamos torturas e execuções em massa de jornalistas e ativistas pela paz LGBQT aqui nos Estados Unidos, ou de que não aterrorizamos americanos o suficiente ao lançar aviões contra nossos prédios)”, completou Cross.
Outros participantes do Festival de Riad também foram mencionados no pronunciamento de Cross: Bill Bur e Louie CK não passaram ilesos de críticas. Acusados de tolerarem o “feudo totalitário”, os artistas também foram apontados na extensa declaração: “Toda essa sua reclamação sobre ‘cultura do cancelamento’, ‘liberdade de expressão’ e toda essa merda? Acabou. Vocês nunca mais vão poder falar sobre isso. A essa altura, todos nós já vimos o contrato que vocês tiveram que assinar”, afirmou Cross.
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