O Palmeiras anunciou nesta sexta-feira (3) a venda da atacante Amanda Gutierres para o Boston Legacy, dos Estados Unidos, por US$ 1,1 milhão (R$ 5,8 milhões). Trata-se da maior venda da história do futebol feminino brasileiro e uma das cinco maiores do mundo na modalidade em todos os tempos.
A negociação iguala os valores de Naomi Girma, que deixou o San Diego Wave-EUA para o Chelsea pelo mesmo valor da brasileira em janeiro deste ano. No top 3, estão Grace Geyoro, que saiu do PSG para o London City Lionesses por 1,43 milhão de libras (R$10,2 milhões); Lizbeth Ovalle, do Tigres para o Orlando Pride por 1,5 milhão de dólares (R$8 milhões), e Olivia Smith, do Liverpool para o Arsenal por 1,15 milhão de libras (R$8,2 milhões).
Nesta última janela de transferências do meio do ano, o futebol feminino também quebrou recordes, com gastos superiores a US$ 12 milhões (R$ 65 milhões), e um total de 1.100 transferências internacionais.
Amanda fez uma temporada de sucesso no Palmeiras, marcando 17 gols no Brasileirão pelo time, terminando na artilharia do campeonato. Na seleção brasileira, também foi a maior goleadora na conquista da Copa América. Seu trabalho foi reconhecido pela revista France Football, responsável pela premiação da Bola de Ouro, e ficou em 21º na lista de melhores do mundo.
Historicamente, o Brasil acumula algumas vendas consideráveis para o exterior. Na temporada passada, duas das cinco principais negociações entre atletas foram do futebol brasileiro.
A venda da atacante Priscila, do Internacional para América do México, por R$ 2,8 milhões, em setembro de 2024, foi a maior da história do futebol brasileiro, até então. Além disso, o Colorado garantiu o recebimento de 20% de valor em venda futura e receberá bônus adicionais conforme o desempenho da atleta. “A venda da atleta Priscila ocorreu através de uma negociação conduzida com muita responsabilidade, clareza e critério entre os clubes e os representantes da jogadora, sabendo da grandeza das condições e visando a abertura do mercado de transferências para o futebol feminino do Inter”, comentou Luiza Parreiras, Gerente de Futebol Feminino do Internacional. As cifras ultrapassam de outra grande negociação da zagueira Tarciane, do Corinthians, que se transferiu para o Houston Dash, dos Estados Unidos, por R$ 2,6 milhões.
Para Diego Bittencourt, CMO da Start Bet, patrocinador do Brasileirão Feminino de 2025, o futebol feminino brasileiro está passando por uma fase de ampliação. “Não apenas no desempenho das atletas e nas conquistas em campo, mas também no aumento expressivo da visibilidade, da estrutura e da presença midiática proporcionada por transmissões televisivas e pelo interesse crescente do público. Neste cenário, investir é colaborar diretamente para consolidar o crescimento da modalidade”, pontua.